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12/12/2023 - INSTITUCIONAL

Justiça Federal autoriza operação que investiga doleiro que movimentou mais de US$114 milhões

Justiça Federal autoriza operação que investiga doleiro que movimentou mais de US$114 milhões

A Operação Papel Carbono foi deflagrada na manhã desta terça-feira, 12. Foto: PF-AM

Um doleiro investigado por movimentar mais de US$114 milhões ilegalmente foi preso na manhã desta terça-feira (12) durante a “Operação Papel Carbono”, em cumprimento ao mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas.   

Em atendimento as determinações do Juízo da 2ª vara Federal, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão nas cidades de Manaus e São Paulo.    

As investigações começaram em novembro de 2019, quando policiais federais abordaram o suspeito no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. "Na ocasião, o investigado tentou ocultar a quantia de R$ 150 mil em espécie em uma mala", afirmou a PF.  

De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro estava encoberto por revistas e papéis carbono. "Possivelmente como forma de esconder o conteúdo quando submetido à inspeção por raio-X", destacou o órgão.  

As investigações apontam que o doleiro investigado gerencia um esquema de operações de câmbio não autorizadas, num valor equivalente a cerca de R$ 563 milhões. Estas operações, conhecidas como "câmbio paralelo" (troca de moeda estrangeira sem a devida documentação ou recolhimento de impostos) e "dólar-cabo" (transferência de dinheiro para o exterior sem o conhecimento do Banco Central), movimentaram ilegalmente a quantia estimada de US$ 114 milhões de dólares   

As ordens judiciais abrangem o sequestro e a indisponibilidade de bens do doleiro no valor total de R$ 428 milhões, além de suspender as operações da empresa envolvida no esquema e de outras 38 correspondentes cambiais.   

As pessoas investigadas poderão ser responsabilizadas pelos crimes de gestão fraudulenta, falsa identidade para realização de operação de câmbio, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.    

A soma das penas para os crimes identificados pode alcançar até 32 anos de prisão.   

A audiência de custódia ocorrerá amanhã, na sede da Justiça Federal.   

Seção de Comunicação Social 


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