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27/04/2008 - Bom dia

Bom dia: A importância de Lula para as eleições do Tocantins

Bom dia: A importância de Lula para as eleições do Tocantins

Existem fatores internos que influenciarão o processo eleitoral do Tocantins e fatores externos que também serão decisivos. Fatores internos como pré-candidatos, coligações, recursos financeiros disponíveis para as campanhas serão determinantes para os resultados das eleições municipais de outubro. Mas um fator externo também será ponto-chave nessa disputa e determinará os rumos dos fatores internos: o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula é uma das personalidades mais importantes do Tocantins. Primeiro pela popularidade de que desfruta no Estado. Semana passada uma pesquisa mostrou que, só em Palmas, o presidente conta com a aprovação de 80% da população. No Tocantins, esse índice nunca é inferior a 60%.

A importância do presidente também fica claro no volume de recursos e obras que o governo federal tem investido por aqui. Ferrovia Norte-Sul, Ponte de Pedro Afonso, casas populares, rodovias.

Por isso, a forma como o presidente vai se posicionar nesse processo eleitoral terá um peso maior do que se possa imaginar. Assim, a declaração de Lula de que o PMDB poderá se aliar a quem quiser tem um efeito gigantesco na política de articulações que visa as eleições de outubro.

Se o presidente exigir que o PMDB só se alie a partidos de sua base, a configuração é uma. Sem essa exigência, a disputa eleitoral ganha outra formatação. Na prática - e trocando em miúdos -, se Lula batesse o pé para que o PMDB fique com o PT em Palmas, a deputada federal Nilmar Ruiz (DEM), com altíssima probabilidade, estaria fora da disputa e o grande beneficiado seria o prefeito Raul Filho (PT).

Liberando o PMDB, como teria feito, segundo o jornalista Ricardo Noblat, Nilmar, primeira colocada nas pesquisas de intenção de voto, seria candidatíssima, bem mais do que apenas estar "à disposição do povo".

Porém, resta saber se Lula falou da boca para fora ou se será essa sua real postura nesse processo eleitoral. Sim, porque nenhuma autoridade virá a público para dizer que se não apoiarem seu candidato cortará recursos.

Por outro lado, custo a acreditar que Lula, com sua história de luta democrática, perseguiria toda uma população (porque, no frigir dos ovos, o prejudicado seria não apenas um grupo político), porque um aliado não aceitou apoiar seu candidato.

De todo modo, quem vai dar a senha para a formatação das coligações no caso do Tocantins será o presidente Lula. Dependendo do que ele falar, uns serão beneficiados, outros prejudicados.


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