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10/06/2008 - Bom dia

Bom dia: As duas principais preocupações sobre a candidatura de Nilmar

Bom dia: As duas principais preocupações sobre a candidatura de Nilmar

A toda hora recebo ligações de lideranças de tudo quanto é lado perguntando se tenho novidades, como estou vendo o desenrolar das negociações, etc. Respondo sempre: se vocês não sabem de nada, imagine eu. Esse é um retrato da conjuntura eleitoral de Palmas. Ninguém sabe de nada. O governo parece se fazer de cego e mudo. Só escuta. Mas a situação está, pelo menos, querendo afunilar.

O governador Marcelo Miranda vem ouvindo líderes do PMDB desde segunda-feira, 9. Já esteve com o presidente regional do partido, deputado federal Osvaldo Reis; com o vice-prefeito de Palmas, Derval de Paiva; com o pré-candidato deputado estadual Eli Borges; com o deputado federal Moisés Avelino, com o vereador Evandro Gomes; e com o presidente da Câmara de Palmas, Carlos Braga. Marcelo conversou com todos eles na segunda e nessa terça-feira, 10.

No geral, ouviu que o partido não quer Nilmar. Segundo o blog apurou, com exceção de Evandro, que já declarou que é Nilmar porque Nilmar, para ele, é a candidata do governador; e de Carlos Braga, ex-secretário de Governo da ex-prefeita, com quem mantém excelente relacionamento.

Petistas que ligaram para o blog ou com os quais entramos em contato já admitem que Nilmar é "a candidata do coração" (palavras de um deles) de Marcelo, do secretário estadual de Infra-Estrutura, Brito Miranda, e da primeira-dama do Estado, Dulce Miranda. Porém, afirmaram, o governador não estaria, na avaliação deles, conseguindo construir essa candidatura.

Entre os motivos, o interessante foi que um forte petista já excluiu da lista a bobagem de que "se Marcelo ficar com Nilmar, Lula vai pegá-lo". Nada disso. Ele citou dois problemas para o governador apoiar a ex-prefeita. O primeiro deles é que o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) só estaria esperando uma divisão de seus adversários para tirar o deputado estadual Marcello Lelis (PV) e entrar na disputa. O segundo é que o PMDB não estaria disposto a alimentar um adversário futuro: o DEM, que terá candidato próprio ao governo do Tocantins em 2010. E a senadora Kátia Abreu seria o nome.

Sobre o primeiro argumento, os utistas rechaçam qualquer possibilidade. Eles garantem que o candidato será Marcello Lelis e que nas últimas reuniões da União do Tocantins sequer foi pronunciado o nome de Siqueira Campos. No entanto, como gato escaldado tem medo de água fria, os governistas, conhecendo o estrategista Siqueira Campos, resistem em embarcar nessa onda utista.

A preocupação com o segundo argumento, de que o que está em jogo são as eleições de 2010, é confirmada pelos peemedebistas. Um deles perguntou: "Tem lógica entregar Palmas e Araguaína, as duas maiores cidades do Estado, ao DEM, sabendo que o partido será nosso adversário em 2010?".

Para os peemedebistas ouvidos pelo blog nessa terça-feira, o governador complicou sua situação em Palmas quando entregou Araguaína ao candidato do DEM, deputado estadual Valuar Barros, tirando o secretário do Esporte, Palmeri Bezerra (PMDB), da disputa. Palmas e Araguaína são estratégicas em qualquer situação de campanha ao governo do Estado. Entregando as duas cidades ao DEM, entendem petistas e peemedebistas ouvidos, o governo fragilizará a sucessão de seu representante, seja o vice-governador Paulo Sidnei (PPS) ou, como já se cogita silenciosamente, o prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão, por enquanto filiado ao PT.

Coloquei uma questão para os peemedebistas ouvidos: entre o prefeito Raul Filho (PT), Nilmar e Eli, qual era a tendência do governo? Todos foram unânimes em apontar Nilmar. Sobre Raul, disseram que essa chance hoje está muito distante, "a não ser que ocorra um fato novo e forte". Já Eli seria uma solução diante do desespero. Ou seja, somente se não houver outra saída. Mas, admitiram, é mais fácil Marcelo hoje ir com Eli do que com Raul.

Já internamente, peemedebistas que garantiram que a cúpula do partido tem preferência por Raul, em segundo Eli e, em terceiro, se não houver outra saída, Nilmar. Não estou aqui falando de discurso feito na frente de Eli para mostrar uma suposta unidade partidária, que, a bem da verdade, não existe. Estou dizendo do que os peemedebistas dizem no pé-de-ouvido.

De toda forma, um peemedebista mais ponderado garantiu ao blog que, se Marcelo quiser realmente apoiar Nilmar, a maioria do diretório vai, no fim, depois de muita chiadeira, acompanhá-lo. Porém, não de forma tão simplista como muitas lideranças importantes do governo querem fazer crer.

Como diz a canção, para conseguir o PMDB, o governo do Tocantins terá que rebolar, rebolar e rebolar.


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