25/09/18 18:08
A médica do trabalho Lígia Albuquerque e a psiquiatra Larissa Damasceno
A tarde foi de reflexão e de desmistificar preconceitos. A palestra de Campanha de Prevenção ao Suicídio em prol do Setembro Amarelo, idealizada pelo diretor do Núcleo de Bem-Estar Social (NUBES) Luis Quaresma e pela supervisora da Seção de Saúde Integral (SESAI) Ana Sueli, ocorreu na tarde nesta segunda-feira (24/09).
A médica do trabalho Ligia Albuquerque abriu o seminário com dados alarmantes sobre o tema; cerca de 1 milhão de pessoas ao ano comentem suicídio no mundo, isto é, uma a cada 40 segundos. No Brasil, são de 6 a 7 casos por 100 mil habitantes, em sua maioria, homens.
De acordo com a Dra. Ligia, pensamento de morte e suicídio são coisas diferentes. Qualquer pessoa em um momento difícil na vida pode pensar na morte como solução para os problemas, mas um individuo que planeja como executar ou acelerar isto, é de fato um suicida. Aqueles que possuem transtornos mentais estão mais propícios a este ato. Estes transtornos geralmente estão ligados à variação de comportamento, como o transtorno bipolar, depressão, síndrome do pânico e ansiedade.
Dentro dos aspectos legais, Ligia explica que a quebra de sigilo médico pode ser necessária e a internação involuntária também pode ser uma opção, nos conformes da Lei 10216/2001 sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.
Logo após, a psiquiatra Larissa Damasceno assumiu o seminário expondo os chamados fatores de risco e fatores de proteção. Para se ajudar aqueles que se encontram nesta situação as orientações são: Buscar ajuda sempre, aderir ao medicamente, se necessário, psicoterapia, alimentação natural e atividade física. Para ajudar os outros: dialogo e acolhimento, garantir a segurança com objetos perigosos e avaliar a possibilidade de uma internação involuntária.
As pessoas que precisarem de ajuda ou orientação devem buscar o Centro de Valorização a Vida (CVV). O atendimento pode ser por telefone, através do site www.cvv.org.br, através do chat disponível no site ou através do telefone 188. O atendimento é voluntário e anônimo.
Por Carolina Sales Barreto