A Justiça Federal no Piauí realizou hoje (21) o I Ciclo de Aprimoramento de Conciliadores
Federais. O evento foi uma realização da 7ª Vara Federal e contou com a participação de
conciliadores que atuam na 6ª e na 7ª Varas Federais.
“Idealizamos esse evento para discutir a participação dos conciliadores na 7ª Vara Federal e
os resultados do desempenho desses auxiliares da Justiça na Seção Judiciária do Piauí desde
outubro de 2011. O trabalho dos conciliadores nas audiências é pautado pelo binômio
serenidade e discernimento e sua atuação é notável e extraordinária. O aprimoramento é uma
necessidade de todo ser humano. Precisamos, constantemente, aprimorar nossos
comportamentos e procedimentos e aperfeiçoar nossas ações, no sentido de promover o bem
comum”, destacou o juiz federal Geraldo Magela e Silva Meneses, vice-diretor do Foro da
Seção Judiciária do Piauí e titular da 7ª Vara Federal.
O magistrado ilustrou a importância da atuação dos conciliadores com dados. Em junho de
2011, existiam 7.500 processos a serem pautados para audiência na 7ª Vara Federal. “Se
realizássemos 60 audiências por semana, levaríamos mais de dois anos para pautar todos esses
processos, que haviam sido ajuizados em 2008, 2009. A partir de outubro de 2011, com o
auxílio dos conciliadores, a 7ª vara Federal passou a realizar 48 audiências por turno, sendo
16 audiências/turno em cada uma das três salas destinadas a esse fim na 7ª Vara”, ressaltou o
juiz federal Geraldo Magela e Silva Meneses.
De acordo com o titular da 7ª Vara Federal, somente esse ano foram realizadas cerca de 3.500
audiências e sentenciados processos com ajuizamento inferior a três meses.
“O recrutamento de conciliadores, feito sem ônus para o poder público, retrata o princípio da
eficiência da República, porque pauta os processos com brevidade. Mas a maior importância
da atuação dos conciliadores se dá no plano emocional para as partes: o cidadão se desloca, às
vezes de muito longe, e resolve seu problema de forma célere e satisfatória. Esse fato é de
uma importância fundamental, principalmente se considerarmos a condição social da maior
partes dos jurisdicionados usuários dos Juizados Especiais Federais”, completou Geraldo
Magela e Silva Meneses.
O jurista José Eduardo Pereira Filho, em palestra sobre os meios eficazes para alcançar a
conciliação, enfatizou o papel dos JEFs e dos conciliadores para os cidadãos: “Temos que nos
perguntar se o que fazemos diariamente representa a verdade e se é bom para todos. É isso o
que os conciliadores fazem: ouvem as partes e buscam com todo o equilíbrio construir as
melhores soluções. Esta é a nova Justiça: mais aberta e mais próxima dos cidadãos, uma
Justiça que ouve os estômagos e os bolsos vazios. A atividade dos conciliadores torna a
prestação jurisdicional mais rápida, mais humanizada e promove a manutenção da cidadania,
principalmente dos hipossuficientes”, declarou.