A servidora Márcia Rodrigues de Araújo já é uma colega conhecida por servidores, servidoras, terceirizados, terceirizadas, estagiários e estagiárias desta Seccional. Presente no planejamento e organização de muitas atividades e eventos promovidos por esta Seção Judiciária da Bahia, ela também atuou na direção da ASSERJUF por muitos anos, bem como participou de muitas comissões, como a de Ação Social. No último dia 6 de dezembro, Márcia Rodrigues completou 25 anos de Justiça Federal, sendo exemplo de dedicação e comprometimento.
Referência de colega, profissional, mãe e mulher, Márcia Rodrigues sempre foi atenta a tudo, principalmente quanto a sua saúde. Mas foi a partir de 2018 que a sua vida começou a mudar e ela precisou de uma força extra para conseguir lidar com uma notícia que lhe balançou: o diagnóstico de mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer no sangue. Mas foi com sua coragem e resiliência que ela tem conseguido superar degrau a degrau desse novo desafio.
Confira um trecho da matéria que o jornal Correio* publicou na edição do dia 27 de novembro, que conta um pouco da história dessa querida servidora que venceu duas vezes o mieloma múltiplo.
Por muito tempo, a rotina da servidora pública Márcia Rodrigues Araújo, 56 anos, contava com dedicação às tarefas domésticas pela manhã, expediente das 12h às 19h, e atividades físicas à noite. A partir de 2018, no entanto, tudo mudou. Foi naquele período que ela começou a sentir dores nas costas, algo que, a princípio, não assustou, visto que já tinha histórico de problemas na coluna. Só que a dor persistiu por pelo menos dois anos e veio acompanhada de encurvamento da coluna, além de diversas crises. O ponto mais crítico se deu em setembro de 2020.
“No dia 29 de setembro, eu tive uma dor aguda na lombar quando me levantei pela manhã. Eu não aguentei, gritei de dor e senti que ia cair, daí me agarrei na parede. Chamei minha filha, que me socorreu e me ajudou a deitar na cama. [...] A dor piorou ao longo daquele dia e eu fui à emergência. O médico passou analgésico, e não melhorou. Quando ele passou morfina, a dor não cedeu. Foi quando eu disse: ‘tem algo errado aí”, narra Márcia.
Realmente havia algo errado, mas Márcia só veio descobrir isso dias depois. Na madrugada do dia 30 de setembro, o médico chegou a lhe dar alta, mesmo sob protestos dela e da filha. Resistente, em vez de ir para casa, a servidora pública pediu para ser internada novamente quando chegou à recepção. Por acaso, um médico residente em Ortopedia passava pelo local enquanto ela relatava o que estava sentindo à recepcionista.
A doença em questão era o mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer no sangue, e o diagnóstico foi confirmado no dia 1º de outubro. Na sequência, Márcia descobriu que tinha lesões nos ossos que iam do pé até o crânio, de modo que não havia explicações médicas para o fato de ela estar viva. Por isso, o cuidado foi intenso dali em diante: ela foi proibida de se levantar, andar e se sentar, porque qualquer movimento poderia ocasionar a quebra de uma vértebra, o que pioraria a situação.
Por uma semana, a servidora pública ficou restrita ao leito do hospital, fazendo uso de um colete cervical. Foi quando a compressão quanto a gravidade da doença veio. Na semana seguinte ao diagnóstico, a servidora começou a quimioterapia, que promoveu o controle das dores. Em fevereiro, ela fez o transplante autólogo – terapia que consiste no recebimento de medula óssea vinda do próprio paciente – e teve sucesso no tratamento.
Em maio de 2023, o mieloma múltiplo voltou mais agressivo. Foi quando Márcia foi convidada a fazer parte de uma pesquisa clínica com bioespecíficos, um tipo de tratamento que combina medicações para combater o mieloma. Ela aceitou e passou a fazer o tratamento no Hospital São Rafael. Em menos de três meses, teve remissão total da doença.
Para conferir a matéria completa, acesse o link https://tinyurl.com/5n7tts42.