Buscando compensar a alta carga de processos, o quadro reduzido de pessoal e a otimização dos fluxos de trabalho em sua unidade, o juiz federal Carlos Alberto Gomes da Silva, da 22ª Vara dos Juizados Especiais Federais da Bahia, desenvolveu uma ferramenta inovadora utilizando a tecnologia de Robotic Process Automation (RPA). Esta ferramenta foi pensada com o objetivo de automatizar a triagem de processos na tarefa "Aguardando Depósito ou Negativa de RPV" do sistema PJe.
O magistrado apresentou a ferramenta, desenvolvida no Power Automate, e disponibilizou o código para replicação em toda a Justiça Federal da Bahia. Após testes bem-sucedidos, a ferramenta foi disponibilizada para outras unidades da JFBA, com o suporte do Núcleo de Gestão Estratégica, Inovação e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (NUCGE). Durante o processo, foi identificada uma outra RPA desenvolvida na Seção Judiciária do Distrito Federal, aprimorada pela Coordenadoria de Gestão Negocial de Sistemas (COGEN/TRF1), cujo arquivo executável foi fornecido ao NUCGE/SJBA.
Testes realizados com o robô em listas de processos de algumas varas mostraram resultados positivos, que foram compartilhados com as unidades judiciais. A iniciativa resultou em uma significativa economia de tempo e de recursos humanos, além de representar um avanço significativo na modernização e eficiência dos processos judiciais na Bahia, destacando-se como mais um exemplo de inovação no setor público.
A RPA desenvolvida permite a triagem eficiente de processos, identificando aqueles com depósitos, saques, apenas autuados no Tribunal ou não migrados, facilitando o gerenciamento e controle das tarefas e acelerando a baixa dos processos. Outras automações desenvolvidas pelo juiz federal Carlos Alberto Silva estão em fase de ajustes e poderão ser utilizadas em breve por outras unidades.