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28/03/2023 -

Bibliotecários das Seções Judiciárias do TRF1 participaram do 1º Encontro Nacional de Bibliotecas do Poder Judiciário

Bibliotecários das Seções Judiciárias do TRF1 participaram do 1º Encontro Nacional de Bibliotecas do Poder Judiciário

Os bibliotecários das Seções Judiciárias do TRF1ª Região (TRF1) – SJAC, SJAM, SJAP, SJBA, SJGO, SJMA, SJMT, SJPA, SJPI, SJTO – participaram do 1º Encontro Nacional de Bibliotecas do Poder Judiciário (1º ENABIJUD), que ocorreu nos dias 16 e 17 de março, na Escola da Magistratura Federal (ESMAF), em Brasília. Organizado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por meio da Divisão de Gestão de Informação e Biblioteca (Digib) contou com apoio institucional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e dos Tribunais Superiores.

O evento reuniu membros da Rede Nacional de Bibliotecas Judiciárias (Bibliomemojus), criada a partir da experiência da rede Memojus Brasil, que congrega profissionais das áreas de arquivos, museus e bibliotecas do Poder Judiciário e de outros órgãos públicos. A Rede Bibliomemojus tem por objetivos principais: a) fomentar a interlocução e a colaboração entre profissionais de bibliotecas judiciárias de todo o país; b) incentivar a cooperação integrada entre as mesmas bibliotecas; c) ampliar o acesso à informação jurídica; d) fomentar a cultura da inovação e o aprimoramento da qualidade do atendimento e do tratamento dos acervos; e) preservar, valorizar e difundir a memória do Poder Judiciário.

Primeira a se pronunciar na abertura do evento, a diretora da biblioteca do TRF1, Marília Melo, ressaltou a necessidade de reconhecimento do papel crucial que as bibliotecas desempenham no Poder Judiciário. Para ela, não há como acessar uma informação técnica e confiável sem que ela seja devidamente analisada e tratada. As bibliotecas são guardiãs do conhecimento jurídico e desempenham papel essencial para garantir que os Tribunais sejam capazes de operar de maneira eficiente e eficaz: “À medida que avançamos para o futuro, nós bibliotecários devemos nos conscientizar da necessidade de inovar e de nos adaptar às mudanças do cenário relacionado à informação e à tecnologia”, defendeu.

Em seguida, a desembargadora Salise Sanchotene, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e presidente da Comissão Permanente de Gestão Documental e Memória do Conselho, ressaltou a importância das bibliotecas na preservação e na disseminação do patrimônio cultural bibliográfico do Poder Judiciário e da memória institucional. Afirmou que as bibliotecas do Judiciário, por meio de suas equipes, são vetores fundamentais da memória, da inovação e do planejamento dos órgãos do Poder Judiciário. Por sua vez, o juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo, Carlos Alexandre Böttcher, coordenador da rede BIBLIOMEMOJUS, destacou a contribuição do evento para a capacitação dos servidores das bibliotecas do Poder Judiciário. Ele ainda reforçou a relevância das funções deles para a atividade jurisdicional e, ainda, nas ações de memória, inovação e implementação dos objetivos da Agenda 2030.

A palestra inaugural ficou por conta do desembargador federal Ney Bello, que baseou sua fala em metáforas das obras do célebre escritor Jorge Luis Borges, como “A Biblioteca de Babel”, “Funes, o Memorioso” e “O Aleph”. A partir dessas metáforas, o desembargador federal falou sobre diversas necessidades que enxerga no tempo que corre. Após a sua explanação, o primeiro ciclo de atividades do evento foi encerrado com a palestra do professor americano David Lankes. Ele apresentou uma visão sobre as bibliotecas enquanto agentes de democracia. Entre as funções estão: ser uma biblioteca para o público; preparar os bibliotecários como facilitadores em conversas democráticas; confrontar diretamente a desinformação; e fomentar a inovação na comunidade.

Durante o evento, foram evidenciados quatro dispositivos do CNJ que fortalecem e incentivam as atividades das bibliotecas judiciárias, como a Resolução CNJ nº 316/2020, a Resolução CNJ nº 324/2020 e a Resolução CNJ nº. 429/2021 e o Manual de Gestão da Memória do Poder Judiciário, ferramenta desenvolvida no âmbito do Comitê do Proname (Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário).

Os trabalhos apresentados no evento contemplaram quatro eixos temáticos (Gestão, Biblioteca Digital, Memória e Agenda 2030 e Inovação) e realizaram-se por meio de atividades variadas. Destacaram-se os diversos painéis apresentados para discutir o papel das bibliotecas jurídicas na disponibilização de informação doutrinária, legislativa e jurisprudencial, bem como na organização e na gestão do conhecimento das instituições que representam. Uma das temáticas amplamente abordadas foi o uso de ferramentas de inteligência artificial, incluindo o CHAT GPT, para auxiliar os bibliotecários na organização dos repositórios institucionais. Foram também oportunizadas visitas às bibliotecas da Câmara dos Deputados, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Superior Tribunal Federal (STF).

O encontro foi muito importante para todos os bibliotecários, muitas novidades tecnológicas com o intuito de oferecer serviços e produtos com qualidade para seus usuários. O compartilhamento de recursos e de boas práticas é de fundamental importância para o crescimento equitativo de todas as bibliotecas que compõem a rede Bibliomemojus. “Não deixar ninguém para trás”, lema da Agenda 2030, foi um acontecimento memorável, destacou a bibliotecária Eliana Candeira Valois, responsável pelo Setor de Biblioteca da Seção Judiciária do Estado do Piauí (SJPI).


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