O mês de janeiro, com sua simbologia de recomeços, tornou-se o momento ideal para se refletir sobre a saúde mental. Criada em 2014, a campanha Janeiro Branco surgiu em Minas Gerais, idealizada pelo psicólogo Leonardo Abrahão, com o objetivo de mobilizar a sociedade para a importância da saúde emocional e da prevenção de transtornos mentais. 

Histórico e Propósito 

Inspirada em outras campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o Janeiro Branco foi concebido como um mês de reflexão. A escolha do nome é um convite à ideia de que o ano é como uma folha em branco, pronta para ser escrita, e que o autocuidado deve ser priorizado desde o início. 

Ao longo dos anos, a campanha ganhou adesão em todo o Brasil, sendo incorporada por órgãos públicos, escolas, empresas e organizações da sociedade civil. A cada edição, o tema é renovado, mas o foco permanece: promover a saúde mental como parte essencial do bem-estar geral. 

Documentos Legais e Políticas Públicas 

O Janeiro Branco não é uma campanha regulamentada por lei federal, mas encontra respaldo em legislações que garantem o direito à saúde mental. A Lei 10.216/2001, por exemplo, reforça a proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais, destacando a necessidade de tratamento humanizado e inclusão social. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). 

Dados de Pesquisas e Contexto Atual 

Estudos recentes apontam para uma crescente preocupação com a saúde mental no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país é um dos que apresentam maiores índices de ansiedade no mundo. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em 2022, revelou que cerca de 40% dos brasileiros relataram sintomas de ansiedade e depressão durante a pandemia de Covid-19, destacando a urgência de políticas de prevenção. 

Instituições de Apoio 

Para quem busca apoio emocional ou orientação psicológica, diversas instituições estão à disposição: 

Centro de Valorização da Vida (CVV): Atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): Disponíveis em várias cidades brasileiras para atendimentos especializados. 

Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): Integrada ao SUS, oferece apoio em unidades de saúde.

ONGs e Grupos de Apoio: Organizações como a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e iniciativas locais também são importantes redes de suporte. 

Em Teresina, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece diversos serviços gratuitos de saúde mental para a população. Entre os principais recursos disponíveis estão os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que atendem pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais. Abaixo, apresentamos algumas dessas instituições: 

CAPS AD (Álcool e Outras Drogas)  Atendimento a pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool ou outras drogas. Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, nº 2978, Bairro Macaúba. Telefone: (86) 3215-7762.     

CAPS II Sul Atende a casos de transtornos mentais severos e persistentes em adultos. Endereço: Avenida Barão de Gurguéia, nº 2913, Bairro Pio XII. Telefone: (86) 3218-4865.    

CAPS II Leste Atendimento a casos de transtornos mentais severos e persistentes em adultos. Endereço: Rua Visconde da Parnaíba, nº 2435, Bairro Horto Florestal. Telefone: (86) 3216-3967.    

CAPS II Sudeste Sudeste Atendimento a casos de transtornos mentais severos e persistentes em adultos. Endereço: Rua Poncion Caldas, Bairro Colorado - Loteamento Parque do Sol. Telefone: (86) 3236-8747.    

CAPS II Centro-Norte Atendimento a casos de transtornos mentais severos e persistentes em adultos. Endereço: Rua Presidente Lincoln, nº 4727, Bairro São Joaquim. Telefone: (86) 3213-2080.    

CAPS III Sul Atendimento a casos de transtornos mentais severos e persistentes, com funcionamento 24 horas. Endereço: Rua Costa Rica, nº 466, Bairro Três Andares. Telefones: (86) 3221-6422 / 3221-0092.    

Centro de Valorização da Vida (CVV) Oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio, com atendimento gratuito e sigiloso 24 horas por dia pelo telefone 188.