Legislativo - PT, PTN, DEM e PMDB possuem mais
candidatos na Capital; vaga pode custar R$ 2,5 milhões

Daniel Machado
Palmas

O custo total da disputa pelas 12 vagas na Câmara de Vereadores de Palmas pode ultrapassar os R$ 30 milhões. O montante foi calculado com a soma de todas as estimativas de gastos máximo dos 139 candidatos registrados no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Portanto, esse valor pode ainda ser maior, pois no levantamento não estão os candidatos do PSDB. Por causa de uma briga entre as direções municipal e estadual, o partido ainda não registrou candidatos.

Para chegar ao valor de R$ 30 milhões, o Jornal do Tocantins levou em conta as previsões de cada coligação. Na Força do Povo (PT, / PRB / PDT / PPS / PHS / PTC / PSB / PC do B), dos candidatos a prefeito Raul Filho (PT) e a vice Edna Agnolin (PDT), os 47 concorrentes prevêem gastos de R$ 300 mil. Com isso, o total de gastos na eleição proporcional é de R$ 14 milhões. Já na Aliança da Vitória (PSL / PTN / PSDC / PRP / PMDB / DEM), dos candidatos a prefeita Nilmar Ruiz (DEM) e Evandro Gomes (PMDB) a vice, os valores declarados por siglas são diferentes. Os dois maiores partidos da coligação, DEM e PMDB, cada um com 12 candidatos, estimam R$ 300 mil por candidato. O PTN, com 17 concorrentes, R$ 100 mil por candidato. O PRP, com dois candidatos, pretende aplicar até R$ 150 mil e o PSL, também com dois candidatos, projeta até R$ 50 mil. O total da coligação fica em mais de R$ 9 milhões.

Na União do Tocantins (PP / PTB / PSC / PR / PRTB / PV), dos candidatos a prefeito Marcelo Lelis (PV) e a vice Warner Pires (PR) o gasto por candidato também é único. Conforme os registros no TSE, os 35 postulantes estimam gastar o valor de R$ 200 mil. O total da coligação chega aos R$ 7 milhões. O montante pode aumentar em mais R$ 1,6 milhão, se a UT registrar seus oito candidatos tucanos.

O PMN, do candidato a prefeito Tasso Antônio e da vice Angélica Avelar, possui cinco candidatos a vereador com previsão de gastar até R$ 50 mil, com o valor máximo de R$ 250 mil. O PTdoB, de Getúlio Vargas e José Marcos Moreira Lima, tem três candidatos a vereador, com previsão de cada um gastar até R$ 50 mil. O total do partido na disputa proporcional poderá chegar a R$ 150 mil.

PTN
O partido com maior número de candidatos a vereador é o PT. A sigla, que comanda a Prefeitura de Palmas possui 20 postulantes.

No entanto, uma das surpresas da eleição proporcional na Capital neste ano é o PTN. Partido com pouco representantes no Congresso brasileiro, o PTN tem 17 candidatos a vereador em Palmas. O partido fez um trabalho de filiação de lideranças de bairro e só entrou para a Aliança da Vitória a poucos dias do prazo final para registro de candidaturas. O partido chegou a anunciar como candidato a prefeito o presidente do Diretório Estadual da sigla, Júnior Luiz. Ele mudou de postura após conversar com o pai do governador, Brito Miranda (DEM).

Depois, os outros dois partidos que mais tem candidatos, com 12 cada, são o DEM e o PMDB. O PV, de Lelis, tem 10, assim como o PTB.

Vaga
A média de gasto dos candidatos pode ficar em mais de R$ 216 mil. Embora haja muitos candidatos com previsão máxima de gasto com valor menor a este, a coligação Força do Povo, o DEM e o PMDB, com todos os seus candidatos prevendo gastar até R$ 300 mil, acabam sustentando esse valor de mais de R$ 200 mil por candidato.

Ao todo, se for dividido o total de mais de R$ 30 milhões de previsão pelas 12 vagas existentes, os partidos e coligação vão acabar investindo um total de cerca de R$ 2,5 milhões por vaga se for levada em contas todas as estimativas máximas.

Durante os quatro anos de mandato, com o subsídio atual de R$ 6.192,00, um vereador pode receber um total de pouco mais de R$ 321 mil, com o 13º salário e sem diárias e outros benefícios. Desta forma, mesmo os candidatos que investirem os R$ 300 mil máximos previstos, poderiam recuperar, pelo menos em tese, o dinheiro aplicado. Já o partido que gastar R$ 2,5 milhões por candidato eleito vereador, vai gastar quase oito vezes mais na campanha eleitoral do que um vereador pode ganhar em quatro anos.