Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas, Sílvio Cunha, com a extensão para o pagamento, a renda do consumidor poderá ser comprometida ainda mais. “Os bancos saem no lucro e os comerciantes perdem”, disse. Cunha disse ainda que a CDL pretendia reduzir o prazo, para evitar o comprometimento do salário dos funcionários públicos. “E esse aumento vai ter um reflexo direto e a longo prazo, porque a pessoa pode ter o salário comprometido por até cinco anos”, disse.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Palmas (Acipa), Wilson Chaves Seixas, o comércio precisa do poder de compra dos funcionários públicos e não pode ser prejudicado. “O endividamento grande desses servidores prejudica o salário deles e consequentemente, o comércio de Palmas”, frisou. Seixas disse ainda que se a dívida atual dos servidores for estendida, a medida pode ser positiva. “A questão é o percentual que o servidor pode se endividar. O ideal é algo em torno de 30%, e não mais do que isso”, falou.

De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Bancos no Tocantins (Asban), José Messias de Souza, a medida favorece a relação comercial com os agentes financeiros porque gera a possibilidade de renegociação de contrato.

Secad
Segundo a Secretaria Estadual de Administração (Secad), a margem de consignação dos servidores públicos continua sendo de até 30% do salário. A Secad informou que caso o servidor já tenho um empréstimo contratado para pagamento em até 36 meses, a dívida pode ser negociada e o prazo estendido para até 60 meses. Todos os bancos que estão com convênio ativo com o governo podem fazer o empréstimo em até 60 meses. No Tocantins, 16 empresas estão aptas.