?Aqui já tem muitos casos de dengue. Logo após o meu esposo teve e também uma criança, tudo na minha rua.?, conta Maria Cláudia, acreditando que não é apenas um fator que contribui para a proliferação do mosquito, mas um dos mais significativos é a forma com que as pessoas tratam o lixo. ?Minha preocupação é sempre. Procuro fazer a minha parte. Converso com os vizinho, mas é complicado?, comenta a dona-de-casa, que garante ter sofrido muito com a doença e teme adquiri-la novamente.

Em todo o Estado, só este ano, até ontem, havia sido notificados 19.611 casos, sendo confirmadas 8.751 ocorrências, das quais 32 do tipo hemorrágica, com um óbito. No ano passado, foram notificados 22.252 casos. Destes 10.339 foram confirmados, sendo seis casos de dengue hemorrágica, com dois óbitos. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.

Na Capital, de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 5.243 casos de dengue. No mesmo período do ano passado foram 8.988 casos. Embora tenha havido uma queda de aproximadamente 43%, a doença ainda é uma preocupação.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Cláudio Garcia, algumas ações já começaram ser feitas, principalmente na região Sul, onde já houve casos. ?A notificação é muito importante. Tão logo a gente detecte esses casos, a nossa equipe já direciona o trabalho de bloqueio. Isso está sendo feito em tempo oportuno?.

ALERTA
O aparecimento desses casos, segundo Garcia, é um alerta que a população não está atenta para os devidos cuidados na tentativa de evitar possíveis criadores. ?As pessoas devem estar sempre atentas para evitar deixar a água parada por muito tempo. ?A expectativa da Semus, de acordo com o diretor, é continuar reduzindo os números?, conta. ?A gente acredita ter um ganho considerável para este novo período chuvoso, devido à metodologia que nós utilizamos de outubro do ano passado até o primeiro semestre deste ano. A gente trabalha com a retirada, com a remoção dos criadores.?