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17/02/2008 -

Estado rebate ComSaúde e diz que portaria determina transferência do serviço oncológico

Estado rebate ComSaúde e diz que portaria determina transferência do serviço oncológico

A superintendente de Atenção e Promoção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Maria Auri Gonçalves, garantiu, nessa segunda-feira, 18, que não houve rompimento de convênio com o Hospital Padre Luso. Conforme Maria Auri, o Estado cumpre a portaria 513 de setembro de 2007, do Ministério da Saúde, que concede prazo até o dia 28 de fevereiro de 2008, para a transferência de serviços isolados de quimioterapia fossem aos hospitais gerais. Segundo a superintendente, o Estado ainda mantém com hospital convênio de cirurgias eletivas.

“A única mudança que teve é que o serviço de quimioterapia não poderá ser mais realizado no Padre Luso, não é por um querer do Estado, mas determinação do Ministério da Saúde”, enfatizou a superintendente.

ComSaúde
Em nota enviada, nessa sexta-feira, 15, a ComSaúde (ONG responsável pos vários projetos filantrópicos de saúde) ressalta que o Estado trabalha para implantar uma Unidade de Alta Complexidade Oncológica (Unacon) no Hospital Geral de Palmas (HGP). A nota também aponta o cancelamento do convênio com o governo estadual como fator principal para o fechamento do Padre Luso.

Sobre a implantação do serviço por parte da Secretaria de saúde, Maria Auri garantiu que esta estrutura já está montada. “O Estado investiu R$ 1,5 milhão na estruturação no serviço de ambulatório, no serviço oncológico dentro do HGP, que fica ao lado da hemodiálise. É local independente e que não tem nenhuma ligação com o pronto socorro do hospital”, explicou.

Segundo Maria Auri, existe a previsão de financiamento do governo federal e estadual em torno de R$ 5 milhões ano para serem aplicados no tratamento de câncer. “Não esquecendo a contrapartida do Estado é sempre maior, pois arca com o gasto da manutenção da estrutura física, de pessoal, serviços de apoio ao diagnostico. O repasse do Ministério é só para cobrir o procedimento”, ressaltou.

Em relação a participação maior do governo, Maria Auri disse que é direcionado a pagamentos com o consumo de água, de energia, folha de pagamento e medicamentos em geral.

Desemprego
Quanto a ComSaúde afirmar que com o fim do convênio oncológico com o Padre Luso muitos funcionários irão ficar desempregados, ela ressaltou que é uma questão a ser discutida com a própria entidade. “Há um ano que o Estado vem com um processo de negociação e, se foi mantido um quadro além dos 52 servidores que o Estado mantinha na folha de pagamento do hospital, ele é que tem que dá uma resposta aos funcionários e não o Estado”, salientou. “Os servidores do Estado que trabalhavam lá, estão retornando para o HGP”, disse.

Surpresa
Maria auri avaliou também a posição da diretora do hospital, Maria Alice de Araújo. A diretora disse ao Portal CT que o hospital foi pego de surpresa com o cancelamento do convênio. “Surpresa quem ficou foi eu quando ela faz a afirmativa, como já disse, há um ano que o Estado vem trabalhando nessa negociação e o hospital tinha conhecimento desta data limite dada pelo Ministério para transferência do serviço”, expôs.

Insatisfação
O presidente de honra da ComSaúde, Eduardo Manzano, afirmou na sexta-feira ao Portal CT que os pacientes ficaram insatisfeitos com a mudança. “Não foi o que percebi hoje (segunda-feira, 18) pela manhã. Percebi que os pacientes entenderam a mudança e não mostraram nenhuma insatisfação”, garantiu.

Em relação a afirmativa dele quanto o HGP está saturado, a superintendente avaliou como uma conclusão precipitada. “O hospital é referência em todo Estado, é um hospital de alta complexidade, o PS é sempre lotado, até porque os municípios não cumprem o papel de bloqueio de transferência feitas para o hospital. Portanto, não existe saturação nenhuma em absorver o serviço oncológico”, assegurou.

Exames
A partir desta segunda-feira, 18, o HGP começa a atender os portadores de câncer, transferidos do Padre Luso. Ainda conforme a superintendente, os pacientes vão contar com uma vantagem, porque dentro do HGP será oferecido todo de apoio a diagnóstico, inclusive com o laboratório de análise patológica. “Os pacientes não vão mais se deslocar para outros laboratórios fazer os exames necessários para o tratamento”, disse Maria Auri.

Prédio
Maria Auri contou também que o prédio onde funciona o Padre Luso é alugado. “O Estado além de arcar com os serviços de pessoal, além do repasse do Ministério, dos procedimentos, também arcava com o aluguel do prédio onde funciona o hospital”, disse. “Com a mudança dos serviços para o HGP o Estado não tem como justificar o pagamento de R$ 35 mil de aluguel”, ressaltou. Desta forma, a superintende afirmou que o aluguel do imóvel não será mais arcado pelo Estado.


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