O coordenador da União do Tocantins, o senador Joãqo Ribeiro (PR), afirmou que o grupo vai começar se preparar para as eleições de 2010 nestas eleições de 2008. "Vamos preparar a retomada do Tocantins nestas eleições de 2008, a partir de Palmas", avisou Ribeiro, durante solenidade de lançamento da pré-candidatura a vereador do líder comunitário Nuir Júnior, na sexta-feira, 29.
O senador disse que a UT "vai ganhar as eleições em Palmas". "E vamos ganhar no corpo-a-corpo, por isso, podem derramar dinheiro em Palmas", afirmou, numa crítica ao governo do Estado.
Ribeiro garantiu em seu discurso que o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e o ex-senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB) não serão candidatos a prefeito de Palmas. "Se fossem candidatos teriam nosso apoio, mas eles acham que é preciso renovar", afirmou o senador.
Ele defendeu o prefeito da Capital, Raul Filho (PT). Segundo Ribeiro, "o Raul tem muitos defeitos, e a gente sabe disso". "Mas quem está no governo (do Estado) está sufocando quem está na prefeitura", disse o coordenador utista.
Sobre os pré-candidatos a prefeito da UT - o deputado estadual Marcello Lelis (PV), o deputado federal Eduardo Gomes (PSDB) e o ex-vice-governador Raimundo Boi (PP) -, Ribeiro afirmou que vai marcar um jantar ou almoço com eles nesta semana "para conversar e estabelecer algumas regras". O senador reforçou que o critério que decidirá quem será o candidato do grupo é a pesquisa. Será realizada uma entre final de março e início de abril e outra em junho. "A UT terá apenas um candidato nos municípios do Estado", afirmou Ribeiro.
Caixa
O senador João Ribeiro fez uma dura crítica ao superintendente da Caixa no Estado, José Messias. Segundo ele, Messias teria orquestrado uma manobra política no dia 22 para favorecer o governo do Tocantins durante solenidade em que foram anunciados R$ 531 milhões para obras de habitação, saneamento e infra-estrutura.
Conforme o senador, Messias e o governo do Tocantins apresentaram os recursos como se fossem uma conquista do Executivo estadual através da Caixa, quando, na verdade, segundo Ribeiro, os recursos seriam oriundos de emendas dos deputados federais e senadores tocantinenses. "Quiseram fazer festa com chapéu alheio", afirmou o senador.
Ele disse que ficou sabendo do evento um dia antes, no dia 21. Um assessor de Ribeiro, então, teria procurado Messias, que teria lhe informado que os recursos eram uma "seleção orçamentária". Por isso, não poderia informar a origem.
A Assessoria de Comunicação da Caixa Econômica Federal confirmou que o banco recebeu um assessor do senador João Ribeiro e que lhe foi informado que os recursos vinham de emendas parlamentares, mas que não seria possível identificar os nomes dos responsáveis pela destinação da verba. "Recebemos os recursos e fazemos a operacionalização, de forma técnica, sem preocupação política", afirmou a assessoria do banco.