A senadora Kátia Abreu (DEM), em nota à imprensa, contrapôs o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferido em Dianópolis na inauguração do projeto Manuel Alves. Kátia disse que é de praxe o presidente “pregar mentiras para atacar a oposição e desviar a atenção da imprensa e da opinião pública dos escândalos” envolvendo o seu governo. “Lula usou o artifício da desqualificação da Oposição para vender a imagem de que seu governo defende os pobres e os oposicionistas defendem os ricos”, criticou.

Segundo Kátia, o governo petista, no primeiro mandato, elevou em 80% o lucro dos bancos, em comparação com os outros governos, como também prometeu criar 10 milhões de emprego formais, mas “não saíram do papel”. “O presidente Lula se contradiz quando atribui à Oposição um comportamento que lhe é peculiar: promete aos pobres durante as eleições e depois governa para os ricos”, declarou.

“O Presidente da República precisa aprender a conviver com a democracia e esquecer essa obsessão contra a Oposição”, avaliou Kátia. Para a senadora, a oposição quando extinguiu a cobrança da CPMF fez um bem ao país, “permitimos que cerca de R$ 120 milhões que seriam arrecadados até 2011, circulem na economia como recurso extra no bolso do trabalhador e como possibilidade de novos investimentos das empresas”.

A senadora argumentou que Lula deve “dedicar mais o seu tempo ao trabalho e à punição exemplar dos 40 quadrilheiros e menos às críticas falaciosas”. “Lula não tem controle nenhum sobre o uso do dinheiro público, mais de 170 escândalos de corrupção em seu governo, contra uma média de 30 registrados em outros governos”, avaliou. Kátia acrescentou que o presidente “não tem o direito de usar pessoas humildes, ao dizer que a oposição não aprovou a CPMF para barrar os programas sociais do governo e assim vencer as eleições de 201”.

“Basta de demagogia! A Oposição está fazendo a sua parte, lutando para reduzir o peso da carga tributária sobre os trabalhadores”, garantiu Kátia. A senadora afirmou que a oposição está fiscalizando o uso do dinheiro público e cobrando do governo “austeridade, responsabilidade e seriedade”. “Cabe ao Presidente da República descer do palanque e governar o Brasil para os brasileiros”, garantiu.

Confira na íntegra a nota da senadora Kátia Abreu:

“Nota à imprensa

Em visita ao município de Dianópolis, no Estado do Tocantins, por ocasião da inauguração do projeto de irrigação Manuel Alves, nesta terça-feira, 11 de março, o Presidente da República veio a público, como de praxe, pregar mentiras para atacar a oposição e desviar a atenção da imprensa e da opinião pública dos escândalos que freqüentam as salas dos órgãos públicos federais, ministérios e até do Palácio do Planalto.

A exemplo dos discursos que fez em Fortaleza (CE) e em Aracaju (SE), no dia 28 de fevereiro, quando atacou os poderes Legislativo e Judiciário, desta vez, no Estado que represento no Senado Federal, o Tocantins, o Presidente Lula usou o artifício da desqualificação da Oposição para vender a imagem de que seu governo defende os pobres e os oposicionistas defendem os ricos.
Primeiro, cabe lembrar que, em seu primeiro mandato, o governo petista elevou em 80% o lucro dos bancos, em comparação com o governo anterior. O levantamento, feito pela consultoria Economática, foi noticiado no jornal Folha de S.Paulo de 22 de agosto de 2006. Segundo, promessas como a de criar 10 milhões de empregos formais em seu primeiro mandato não saíram do papel. Portanto, o presidente Lula se contradiz quando atribui à Oposição um comportamento que lhe é peculiar: promete aos pobres durante as eleições e depois governa para os ricos.

O Presidente da República precisa aprender a conviver com a democracia e esquecer essa obsessão contra a Oposição. É a presença do contraditório que confere legitimidade ao regime democrático. E isto o Presidente Lula deveria respeitar, pois durante os 20 anos em que atuou na oposição, não recebeu dos governos o tratamento acintoso que hoje dispensa aos seus oposicionistas.

Ao extinguir a cobrança da CPMF no final do ano passado, com a ajuda de senadores da base aliada sintonizados com os anseios da sociedade, a Oposição fez um bem ao país, permitindo que os cerca de R$ 120 bilhões que seriam arrecadados até 2011, como queria o governo federal, circulem na economia como recurso extra no bolso do trabalhador e como possibilidade de novos investimentos das empresas – gerando mais empregos, mais renda e, conseqüentemente, aumentando a arrecadação de tributos.
Recorrendo à recomendação do próprio Presidente da República, sugiro que o chefe do Executivo dedique seu tempo mais ao trabalho e à punição exemplar dos 40 quadrilheiros e menos às críticas falaciosas. O Presidente Lula não tem controle nenhum sobre o uso do dinheiro público. São mais de 170 escândalos de corrupção em seu governo, contra uma média de 30 registrados em outros governos.

O Presidente não tem o direito de usar pessoas humildes, como fez em seu discurso em Dianópolis, ao dizer que a oposição não aprovou a CPMF para barrar os programas sociais do governo e assim vencer as eleições de 2010.
Os fatos desmentem o Presidente. A arrecadação das receitas federais em janeiro deste ano alcançou R$ 62,6 bilhões, ou seja, R$ 12,7 bilhões a mais em relação a janeiro de 2007, que representam cerca de 34% da arrecadação da CPMF em todo o ano passado. O próprio Presidente Lula reconheceu, em seu discurso feito no Tocantins, que a economia está crescendo, mesmo sem a CPMF, ao afirmar que o dinheiro “vai aparecer” para custear o programa Saúde da Família nas escolas, a ser lançado em abril próximo.
Basta de demagogia! A Oposição está fazendo a sua parte, lutando para reduzir o peso da carga tributária sobre os trabalhadores e as trabalhadoras brasileiras, fiscalizando o uso do dinheiro público e cobrando do governo austeridade, responsabilidade e seriedade. Cabe ao Presidente da República descer do palanque e governar o Brasil para os brasileiros.

Senadora Kátia Abreu

Democratas – Tocantins”