Rota da Sede - Municípios de Conceição do Tocantins, Dianópolis
e Novo Jardim estão recebendo apoio da Defesa Civil Estadual

Eduardo Lobo
Palmas

Conceição do Tocantins, Dianópolis e Novo Jardim, respectivamente a 294, 320 e 355 quilômetros de Palmas, na região Sudeste do Tocantins, decretaram situação de emergência. Os municípios haviam solicitado uma Avaliação de Danos (Avadan) à Coordenadoria Estadual da Defesa Civil na última segunda-feira. As cidades já têm o Conselho Municipal da Defesa Civil (COMDEC) e estão recebendo apoio da Defesa Civil Estadual.

Ainda no 1º semestre deste ano, Arraias, Paranã e Ponte Alta do Bom Jesus, respectivamente a 413, 304 e 405 quilômetros da Capital, já haviam decretado situação de emergência. Na região, a estiagem já dura há mais de cinco meses ininterruptos.

Já Porto Alegre do Tocantins, a 291 quilômetros de Palmas, continua aguardando o levantamento que está sendo feito por equipes da Defesa Civil do Estado.

Segundo o coordenador adjunto da Defesa Civil no Tocantins, tenente coronel Yuri Tenório Vargas, algumas medidas estão sendo tomadas para amenizar o sofrimento da população com a seca. Distribuição de cestas básicas, utilização de carros-pipas, além de máquinas para abertura de açudes e estudos de potencial hidrográfico foram as políticas tomadas até o momento.

De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil de Dianópolis, coronel Udson Silva Valente, é esperada a homologação do pedido da cidade pelo Governo do Estado. Questionado se não há políticas públicas para resolver ou reduzir os impactos da seca no Sudeste, o coronel afirma que é exatamente o problema. ?Sabemos que a decretação abre espaço para que os recursos possam vir. O poder público está simplesmente minimizando a situação. Precisamos de políticas públicas mais amplas?, ressalta.

?Precisamos de uma política não para minimizar, mas para resolver o problema. Precisamos de cisternas e cacimbas, barragens. Precisamos de cisterna de recepção da água da chuva como tem no Nordeste?, reclama, afirmando que o Sudeste está parecendo uma região seca do Nordeste.

Soluções
Conforme informa Udson, já existem estudos da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos para localizar uma área para furar os poços artesianos que possam atender a população. O Ministério da Integração Nacional também deve enviar verbas após o Governo do Estado homologar a situação de emergência. ?O estudo já foi feito no ano passado e só falta verba para implementar esses poços?, comenta.

A secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Valquíria Rezende, afirma que há uma frente de trabalho empenhada na resolução dos problemas. ?Nossa parte (Setas) no processo é a doação de cestas básicas?, afirma, ressaltando que os municípios que já decretaram situação de emergência anteriormente já foram atendidos. Aqueles que decretaram nestes dias vão receber a doação também.

Questionada se não há falta de políticas públicas com foco em minimizar os problemas, Valquíria afirma que o Governo do Estado tem feito tudo o que é possível no que lhe compete. ?O que na verdade percebo com muita clareza é que existe o fator emergencial e as políticas públicas. Não tivemos um problema resolvido para ter outro problema, tivemos uma continuidade de problemas?, responde.

A secretaria de Recursos Hídricos foi procurada, ontem à noite, para repercutir o assunto, porém até o fechamento desta edição não houve contato.