Palmas - A coligação Vamos olhar pra frente, da candidata derrotada à prefeitura de Colinas, Marcela Cardoso (PMDB), pediu ontem à Justiça Eleitoral de Colinas a realização de uma nova eleição (renovação do pleito) alegando irregularidades como parcialidade do chefe do cartório eleitoral, compra de votos dentro de veículo a serviço da Justiça Eleitoral, quebra de sigilo do voto e defeitos em urnas eletrônicas.
A coligação aponta como supostas provas das acusações, a cópia de entrevista concedida na véspera da eleição pelo chefe do cartório eleitoral, Gesiel Carvalho, a uma rádio local. Na entrevista, segundo a coligação, ele teria atribuído crimes eleitorais à coligação de Marcela e afirmado temer represálias de representantes da coligação sem apontar indícios. Outra alegação, de compra de votos, recai sobre a coligação Unidos por Colinas , da prefeita Maria Helena (PP) que teria sido feita em ônibus a serviço da Justiça Eleitoral por um secretário municipal da atual gestão.
O terceiro questionamento da candidata é sobre suposta quebra de sigilo do voto, que teria sido registrada em ocorrência no 1º Distrito Policial da cidade. Marcela alega que o caso estaria sendo investigado sobre um eleitor que estaria fotografando o voto, supostamente para comprovar em quem teria votado.
Quanto ao defeito apresentado nas urnas, o quarto ponto de questionamento da candidata, alega que as queixas de casos englobam a não-correspondência entre a foto que aparecia no visor da urna com o número digitado pelo eleitor e até o não-aparecimento de foto alguma.
Outro lado
O Jornal do Tocantins contatou o chefe de cartório e a prefeita Maria Helena, mas só conseguiu êxito no celular de Gesiel. O irmão dele, que atendeu ao celular, disse que ele já estaria dormindo e não poderia falar à reportagem.
Já o prefeito eleito, José Santana (PT), por telefone, disse não estar preocupado com o pedido. ?Acredito que a Justiça não vai sequer acolher o pedido?, avaliou Santana, ao acusar sua adversária de criar fatos com fins políticos. ?Ela está querendo sair como vítima para sobreviver politicamente já que perdeu as eleições?, completou. (Lailton Costa)