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A primeira experiência do padre voando com balões foi em janeiro deste ano. Pendurado em 500 bexigas, ele voou por quatro horas do Paraná até a Argentina.
Depois do vôo bem-sucedido, o religioso foi em busca de outra aventura: ele queria passar 20 horas no ar e ir de Paranaguá até Mato Grosso do Sul.
Esportes radicais
Amigos e conhecidos do padre contam que ele é um homem ligado a esportes radicais, praticava pára-quedismo, voava de parapente e também mergulhava. Especialistas afirmam que pode ter faltado planejamento – e até conhecimento – quando ele resolveu unir a paixão pelo esporte às causas sociais.
No domingo (20), dia escolhido pelo padre para decolar, o mau tempo dava sinais de que a decisão era perigosa.
O empresário José Agnaldo de Moraes, que ajudou a planejar a viagem, diz que Carli sabia o que estava fazendo. “Ele tinha bastante água, tinha barras de cereais, cápsulas energéticas para agüentar um dia, um dia e meio tranqüilamente”, afirma.
De acordo com Mauro Chemim, piloto de balão com 15 anos de experiência, o padre não deveria ter decolado com chuva. "Ele decolou de lugar errado e não tinha suporte técnico de meteorologistas."
Buscas
As equipes de busca continuam no litoral de Santa Catarina, procurando pelo padre. As chances de Carli ser encontrado com vida são cada vez mais remotas.
O prazo da Marinha para esse tipo de resgate é de 72 horas e terminaria na noite desta quarta. Mas, enquanto houver possibilidade de vida, as buscas vão prosseguir.