2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, visa difundir informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, assim, conscientizar a sociedade, reduzir o preconceito e a discriminação que recai sobre as pessoas condicionadas por esse fenômeno.
O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento cujos sinais de alerta podem surgir a partir dos primeiros meses de vida; entretanto, sua caracterização transparece por dificuldades na comunicação e interação sociais, podendo implicar comportamentos repetitivos, interesses restritos, dificuldades com estímulos sensoriais excessivos (sons, cheiros, luzes, multidões etc.), dificuldade de aprendizagem, rigidez cognitiva, atraso no desenvolvimento motor, apego excessivo a rotinas, seletividade alimentar, entre outros aspectos.
A palavra espectro remete exatamente a essa gama de possibilidades, de modo que cada indivíduo com autismo apresenta traços comportamentais singulares, em menor ou maior grau, de forma conjunta ou isolada.
Para o juiz federal Lucas Rosendo Máximo de Araújo, coordenador da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão no âmbito da Seção Judiciária do Piauí (SJPI), o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo nos dá a oportunidade de compreender o TEA e contribuir para a desconstrução dos estereótipos prejudiciais às pessoas assim caracterizadas. “Devemos ser defensores ativos de políticas e práticas que promovam a inclusão e garantam acesso equitativo a serviços e oportunidades para pessoas com autismo. A Justiça, em especial, tem o papel de assegurar que as pessoas com autismo sejam tratadas com dignidade e tenham seus direitos garantidos em todas as esferas da sociedade”, diz o magistrado.