Com o apoio da Seção de Segurança, Vigilância e Transporte da Justiça Federal em Rondônia, que proporcionou condições logísticas para a execução das diligências e escalou o agente de segurança judiciária Arilson Dias Ferreira para fazer o transporte e o acompanhamento do meirinho em sua missão processual, o oficial de justiça Aldemir Pires Dias percorreu exatamente 1.139 quilômetros em viagem para cumprimento de onze mandados judiciais da 3ª e 5ª varas. A jornada de trabalho teve início em Porto Velho e tinha por meta chegar à localidade de Rio Pardo, onde as ordens judiciais foram cumpridas, depois da equipe judiciária ter passado por Ariquemes, Monte Negro e Buritis.
A região de Rio Pardo é conhecida como uma área onde existem muitos conflitos agrários, com órgãos de fiscalização ambiental e com a polícia. O último desses conflitos teve repercussão nacional porque envolveu um soldado da Força Nacional de Segurança Pública, que foi baleado e morto durante confronto com habitantes da região. A ocorrência conflituosa ocorrida em 15 de novembro de 2013 deixou um saldo de doze pessoas da localidade presas em razão de processo criminal que tramita na 3ª vara desta seccional.
Na verdade, a distância até o destino final é de 385 km. Mas nem sempre a reta é o menor caminho entre dois pontos. Ocorre que, antes de iniciar a viagem, dia 16 de junho, às 7h, a bordo da caminhonete GM, modelo S-10, os servidores foram informados pelo Pelotão de Polícia Militar do município de Buritis que o caminho para Rio Pardo, com acesso próximo ao distrito de Ji-Paraná e capaz de encurtar a viagem em 200 km, estava sem condições de tráfego. O deslocamento, então, foi feito em rodovia pavimentada, de Porto Velho até Buritis, depois em estrada de chão de Buritis até Rio Pardo, aonde chegaram às 13h, percorrendo um trecho em bom estado de conservação.
A equipe da Justiça Federal, depois de cumprir diligência na Linha 02, cuja estrada não é pavimentada, mas não oferece problema de tráfego para veículo tipo caminhonete, seguiu pela Linha 15, onde percorreram 32 km a partir de Rio Pardo. Desse ponto em diante, os servidores ingressaram na Floresta Nacional de Bom Futuro, onde as condições da estrada são precárias. “Foram observadas ao longo do caminho muitas árvores caídas, uma delas no meio da estrada impedindo a passagem. Só foi possível continuar em razão de uma “picada” aberta na mata, provavelmente por populares da região. O tráfego de veículos por essa estrada é bastante arriscado, pois um simples problema mecânico ou uma queda de árvore na estrada pode deixar a equipe isolada, uma vez que não existem moradores por perto e o tráfego de veículos praticamente não existe.” – registraram eles no relatório de viagem. No primeiro dia de trabalho, as atividades foram encerradas pontualmente às 18h30.
No segundo dia de viagem, 17 de junho, realizaram diligência na Linha 67, em estrada sem pavimentação, mas em bom estado de conservação. O grande problema foi enfrentar o trecho da Linha C95: estrada sem pavimentação, cheia de pedra, com vários atoleiros, pontes estreitas, muito buraco e em péssimo estado de conservação. O cumprimento de alguns mandados nessa linha consumiu 5 horas de viagem. Segundo o agente de segurança judiciária Arilson Dias Ferreira, “em razão da dificuldade para localizar o local da diligência, tempo que poderia ser economizado caso fosse disponibilizado para a equipe um aparelho GPS, pois no mandado que iria ser cumprido constavam as coordenadas geográficas do local.” Apesar das dificuldades encontradas, os emissários da Justiça Federal cumpriram a missão institucional, chegando em Porto Velho às 21h do dia 17/06.