Em reunião realizada dia 06 de março, às 17h, no auditório da Seção Judiciária, o magistrado Herculano Martins Nacif, depois de ouvir várias opiniões e a leitura do relatório confeccionado pelo Setor de Inteligência da seccional, conclamou todos os servidores a resistirem firmemente à situação de desconforto e preocupação vivenciada pela comunidade funcional da Justiça Federal. “Eu sei que os incômodos são muitos, mas nós não estamos parados; temos toda uma equipe trabalhando diuturnamente em várias frentes, procurando sanar uma série de problemas que a enchente está nos trazendo; estamos numa situação de guerra e temos de enfrentar juntos esse grande desafio. Não vamos levar a uma situação de risco nosso servidores, mas vamos procurar resistir até o limite do possível. Se for preciso, vamos criar dois grupos de trabalho; um das 8 às 13, outro das 13 às 18” – disse ele.
Durante a reunião de avaliação, o diretor da secretaria administrativa, Waldirney Guimarães de Rezende, fez a leitura do Relatório de Gestão de Crise na Enchente do rio Madeira, informando detalhadamente a todos os presentes, e principalmente aos diretores, que ficaram encarregados de repassar as informações contidas no relatório, os vários aspectos técnicos e operacionais que estão sendo monitorados pelo grupo de trabalho que vem se dedicando aos problemas causados pela cheia. Tópicos como o nível das águas, estrutura física do prédio, a questão da água potável (que segunda-feira estará resolvido com o fornecimento de água pela Caerd; observando que, para mitigar os efeitos da água que serve os banheiros, foi adicionado cloro diretamente nos reservatórios), sistema elétrico e de pára-raios, insalubridade do ambiente e responsabilidade da União, funcionamento do Restaurante, acessibilidade, estacionamento e veículos oficiais e serviço de informáticas constam do relatório lido durante o encontro.
O diretor do foro disse ao presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça Federal que, na atual conjuntura, a administração forense não tem condições de apresentar os laudos que comprovam a plena condição de salubridade e segurança, como requerido pela entidade, tendo em vista que a Defesa Civil e outros órgãos como o Corpo de Bombeiros e de saúde pública, competentes para emitir esses laudos, estão comprometidos com os cuidados de mais de duas mil famílias desabrigadas e vários ambientes comerciais e residenciais danificados. O presidente João Beleza falou que, se a administração der mais transparência às informações produzidas em relação à situação vivida pela comunidade funcional, isso trará mais tranquilidade a todos.
A Justiça Federal ouviu do representante da Defesa Civil Municipal que a entidade se compromete em fazer visitas diárias à seccional, e já fez na quarta-feira de cinzas, avaliando as condições de funcionamento. Na primeira visita ele saiu daqui convencido de que as providências adotadas pela administração são razoáveis para a manutenção das atividades forenses.
Como não houve consenso em relação a muitos pontos ainda indefinidos, Herculano Nacif encerrou a reunião convocando o grupo para uma outra rodada de avaliação, que será realizada em 07 de março, no auditório, no final tarde. Enquanto isso, o grupo de trabalho vai continuar tomando todas as medidas necessárias para minimizar os efeitos da enchente no prédio da Justiça Federal. Uma mureta de contenção foi construída, chapas de aço estão sendo colocadas nas portas da casa de máquina, infiltrações vêm sendo combatidas, o poço semiartesiano foi desativado, o bombeamento de água do fosso do elevador foi feito, o fornecimento de água potável da Caerd também já foi requisitado. Essas e outras ações vêm sendo implementadas a fim de manter a seccional funcionando, já que sua paralização causaria enorme prejuízo à sociedade rondoniense.