O juiz da 2º Vara Federal em Palmas, José Godinho Filho, condenou Jean Carlo Becker e Dorotéia Lopes a devolver R$ 84.320 mil ao erário, bem como suspendeu os direitos políticos de ambos. A determinação proibiu também os dois de contratar o serviço público por um período de 10 anos, por terem apropriado recursos federais mediante saques realizados dos programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Bolsa Família e Auxílio Gás quando Becker, segundo a Justiça Federal, era servidor público no município de Figueirópolis, no Sul do Estado.

A decisão, de acordo com o juiz, é proveniente de uma ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público Federal no Tocantins, em 2007. ?Há também outra ação que está em andamento que é no âmbito penal, mas que está em tramitação e caso venham a ser condenados podem ter a liberdade privada.? De acordo com o juiz, a condenação por improbidade cabe recurso.

Segundo o MPF, teria sido estabelecido um acordo com as prefeituras para que a entrega fosse realizada, juntamente com as senhas, e como na época Jean Carlo, que é casado com Dorotéia, era servidor da Prefeitura de Figueirópolis, ele era a pessoa que recebia os cartões. Segundo o MPF, ele recebia também cartões de Paranã, no Sudeste do Estado. Becker teria ficado com 102 cartões.

Em uma auditoria realizada pela CEF, foi detectado que entre 5 de fevereiro de 2003 e 31 de maio de 2005, Jean e Dorotéia efetuaram 1.726 saques indevidos de dinheiro público na agência da CEF e em Casas Lotéricas de Gurupi, totalizando R$ 84.320 mil. O Jornal do Tocantins tentou contato com a Secretaria de Assistência Social do município, mas até o fechamento desta edição as ligações não foram atendidas. O JTo entrou em contato com Becker, mas ele não quis se pronunciar e encaminhou o telefone do seu advogado. Até o fechamento desta edição, as ligações para o advogado não haviam sido atendidas. Ceila Menezes
Gurupi - Correspondente