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Notícias

14/10/2008 -

Transição de prefeitos pode prejudicar ações

Transição de prefeitos pode prejudicar ações

Dengue - Secretaria está preocupada com a situação nos
municípios; é comum aumentarem casos da doença nessa época

Eduardo Lobo
Palmas

O período de transição pós-eleições municipais, especialmente nas cidades onde haverá troca de prefeitos, já preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) devido ao aumento nos índices de dengue geralmente registrado nessa época. O gerente da Área Técnica de Dengue e Febre Amarela da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), Olivério Alves, acredita que o período após-eleições é crítico, pelo motivo de muitos prefeitos que não se reelegeram ou não elegeram seus candidatos demitirem funcionários e não darem mais tanta atenção à saúde.

De acordo com Alves, toda a Sesau está preocupada com a transição eleitoral. ?Os prefeitos têm que entender que o mandato acaba no dia 31 de dezembro?, ressalta, informando que é comum no caso de operação no campo de combate ao mosquito da dengue (Aedes aegypti), alguns gestores deixarem em segundo plano as ações.

Ele diz ainda que a área técnica tem recebido ligações de alguns agentes de saúde do interior preocupados com o relaxamento dos gestores municipais com a dengue.

Preocupação também com o avanço dos casos, sobretudo do tipo hemorrágica. Neste ano, segundo a Sesau, 32 casos de dengue hemorrágica, com uma morte, foram registrados. Em 2007, foram seis casos, com dois óbitos.

As notificações em 2008, até este mês, foram de 19.611, com 8.751 confirmações de casos de dengue. Em 2007, foram 22.252 casos notificados, sendo 10.339 confirmados. Já em Palmas, neste ano, foram notificados 2.818 casos de dengue, sendo confirmadas 2.792 dengue clássico, 12 com febre hemorrágica e 14 com complicações.

Nesta semana o Ministério da Saúde anunciou que mais R$ 1,2 milhão será destinado ao Tocantins para ações estratégicas de prevenção e combate à dengue.

RESULTADOS
Questionado sobre o andamento da parceira entre o Estado e os municípios, realizada através da Ação Emergencial de Combate à Dengue, iniciada no dia 15 de abril deste ano, Alves disse que foi montada uma estrutura para os trabalhos.

No primeiro semestre, atividades de combate à doença foram desenvolvidas em 25 municípios. Na ação, o Plano de Contingência da Dengue foi reavaliado e novas estratégias na prevenção da doença foram traçadas. Equipes fizeram trabalhos de manejo ambiental, coletas de larvas e de sangue; atendimento a casos suspeitos, fumacê; bomba costal, ações educativas e mobilização social. A ação teve duração de cerca de três meses.

Alves diz que o envolvimento do Estado com estrutura foi uma etapa nas ações, mas que a continuidade dos trabalhos nos municípios é outro caso. ?Nós vivemos um problema crônico de desamparo total quando se fala em realizar ações?, frisa Alves, que complementa: ?Não estou dizendo que não houve acompanhamento e mobilização. Houve essa coesão dessas instituições?.

A partir da semana que vem, o gerente informa que serão reiniciadas as supervisões em Araguatins. ?Vamos ouvir dos secretários se as instituições deram o apoio necessário?, diz. ?De fato nós vamos sentir se deu resultado ou não saberemos somente no período chuvoso. Se eu disser que teve impacto é complicado. No período de seca os casos diminuem?, finaliza.

Números da dengue
Casos notificados no Estado
2000 - 2.979
2001 - 8.114
2002 - 3.748
2003 - 5.350
2004 - 3.699
2005 - 6.825
2006 - 9.651
2007- 22.252
2008 - 19.611

Municípios pactuados no Estado (que receberão recursos do Ministério)
Araguaína
Araguatins
Colinas do Tocantins
Guaraí
Gurupi
Miracema do Tocantins
Palmas
Paraíso do Tocantins
Porto Nacional
Tocantinópolis


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