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19/10/2016 -

Diagnóstico estatístico inicial revela a delicada situação da 1ª Relatoria da 2ª Turma Recursal de Goiás

Diagnóstico estatístico inicial revela a delicada situação da 1ª Relatoria da 2ª Turma Recursal  de Goiás

Segundo os números gerais já coletados, no início de outubro, tramitavam no órgão recursal 5.172 ações, sendo 3.377 por meio eletrônico (oriundas dos Juizados da Capital) e outras 1.358 por meio físico (grande parte das 09 Varas do interior).

Desse montante, 3.103 processos já se encontravam conclusos no gabinete para decisão, dos quais 2.555 já com o prazo de 60 dias ultrapassados (prazo-limite definido pelo CNJ e por Provimento do TRF1), chamando a atenção que, em 1.392 deles, o tempo de espera já é maior de 180 dias (algumas distribuídas na Turma Recursal ainda em 2012).

Ao todo, dentre as ações que aguardavam julgamento: 1º) 32,94% versam sobre benefícios por incapacidade (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente); 2º) 16,78% discutem a concessão de benefícios assistênciais (deficiente e idoso); 3º) 15,23% tratam de outras questões previdenciárias (desaposentação, revisão de benefícios, auxílio-reclusão, averbação de labor rural, pensão por morte, etc.); 4º) 12,90% envolvem questões tributárias, administrativas (servidores públicos) e civis (indenizatórias, habitacionais, etc.); 5º) 12,06% abordam pedidos de aposentadorias urbanas (por idade, tempo de contribuição e por tempo de atividade especial); 6º) 10,09% estão relacionadas a pedidos de aposentadorias rurícolas.

Igualmente, o levantamento preliminar demonstrou que, em média, por mês, estão ingressando 198,55 novos recursos (foram 1.787 nos primeiros nove meses), bem como que, em virtude dos longos períodos que a 1ª Relatoria ficou sem magistrado, no ano de 2016, haviam sido julgados apenas 1.091 recursos.

Isso tudo, sem contar que, para fazer frente a todo esse enorme volume de trabalho, a 1ª Relatoria da 2ª Turma Recursal conta, atualmente, com uma equipe de trabalho formada por apenas dois servidores de carreira e duas estagiárias.

Ou seja, o diagnóstico estatístico inicial revelou não só a delicada situação do órgão, como a premente necessidade de adoção de medidas extremas e urgentes (pedido de adiamento das férias do magistrado, meta de julgar 1.000 recursos nas quatro sessões que ainda estavam previstas para o ano, maior objetividade na elaboração dos votos, revisão das rotinas nos “estudos de caso”, etc.).

Segundo o novo relator: “A relatoria sofreu muito com as trocas de magistrados (foram três ao longo do ano), e isso agravou ainda mais a situação do acervo. Mas, aos poucos, vamos colocar o trabalho em dia. Apesar de pequena, a minha equipe é muito boa e os sinais positivos da retomada da força de trabalho já estão começando a aparecer. Afinal, contando com o apoio inicial da Dra. Luciana Gheller, já nas primeiras duas primeiras sessões vamos conseguir levar aproximadamente 700 recursos a julgamento. O volume de trabalho não me assusta. Já estou acostumado, pois o acervo da 1ª Vara de Anápolis era de quase 12 mil ações. Enquanto permanecer na relatoria (já que minha lotação não é definitiva), os jurisdicionados podem ter a certeza de que faremos o possível para agilizar ao máximo a definição das suas causas.”

Fonte: 1º Relatoria da 2ª Turma Recursal-GO(Juiz Federal Rolando Valcir Spanholo)

Divulgação: Seção de Comunicação Social-GO


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