Os Tribunais e Conselhos do Poder Judiciário receberam a recomendação de utilizar linguagem simples, clara e acessível, com o uso, sempre que possível, de elementos visuais que facilitem a compreensão da informação. A indicação está na Recomendação 144/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com o documento, “a utilização de linguagem simples deve prevalecer em todos os atos administrativos e judiciais expedidos pelos Juízos, Tribunais e Conselhos”. No caso dos atos que tratem de conteúdo técnico-jurídico, “os Tribunais e Conselhos poderão construir documento em versão simplificada que facilite a compreensão”.
A recomendação do CNJ foi orientada pelos resultados da pesquisa “Percepção e Avaliação do Poder Judiciário Brasileiro”, que trouxe constatações sobre a linguagem utilizada pelo Judiciário. Uma delas, ao avaliar se a linguagem nos processos é de fácil entendimento, apontou que 41,4% dos participantes discordam em parte; e 23,5% discordam totalmente. “Ainda, 50% dos respondentes concordaram plenamente que já deixaram de entrar na Justiça por considerarem o processo complicado”, destaca a pesquisa.
Capacitação
Para atender à recomendação, o CNJ indicou a realização de oficinas e elaboração de guias, cartilhas, glossários e modelos a serem adotados pelo Poder Judiciário. Essa orientação está alinhada às recomendações da pesquisa “Percepção e Avaliação do Poder Judiciário Brasileiro”, que, entre uma série de medidas, propõe capacitação para o corpo funcional e promoção de acessibilidade para a simplificação da linguagem das atividades do Judiciário.
Nessa linha, uma das possibilidades disponíveis é o catálogo de cursos abertos da Escola Virtual de Governo, que oferece atividades gratuitas e certificadas e integra a plataforma da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Seção de Comunicação Social
Justiça Federal - Seção Judiciária de Goiás