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11/09/2015 -

12ª Vara suspende retirada de casas de orla da Barra

12ª Vara suspende retirada de casas de orla da Barra

11/09/15 16:26

Foto: Raul Spinassé

A juíza federal substituta Monique Sampaio, respondendo pela 12ª Vara, suspendeu, temporariamente a remoção de três famílias que residem na rua Forte de São Diogo, próximo à via que dá acesso ao Yacht Club da Bahia, na Barra.

A área é uma laje de pedra, onde estão erguidas duas casas de estrutura simples, cobertas por telhas de amianto. Os moradores alegam que os imóveis estão ali há mais de 60 anos, passando de geração em geração.

O diretor de fiscalização da Sucom, Murilo Aguiar, diz que o órgão ordenou a saída das famílias por entender que aquela se trata de uma ocupação irregular.

No entanto, por meio de ação impetrada pela Defensoria Pública da União, os moradores conseguiram reverter a ordem de despejo. A DPU informou que, ao analisar a documentação apresentada pelos moradores, constatou que "a área discutida está situada em terreno da União, além de os assistidos estarem na posse do domínio útil do imóvel, pelo menos, desde 1987".

Não bastasse o fato de a área ser federal, a magistrada determinou a citação do município como réu no processo de interdito proibitório por entender que não houve comunicação prévia e que não foi garantido aos moradores o direito à ampla defesa.

Segundo a DPU, a turbação à posse exercida pelos assistidos, justificou a proposição de ação judicial requerendo que não fossem praticados esbulho sobre os imóveis.

História - Na última segunda-feira, fiscais da Sucom chegaram acompanhados de cerca de 15 guardas municipais para notificar os moradores, entre eles a matriarca da família, uma idosa de 94 anos, que chegou a passar mal quando soube da notícia do despejo.

"Disseram que a gente havia invadido o local, como se tivéssemos chegado aqui há um mês", contou um morador, que vive com cinco filhos em uma das casas. "Meu avô construiu essas casas há mais de 60 anos. Carregou pedra por pedra para fazer uma fundação forte", completou.

Os moradores dizem ter receio de fazer melhorias nas casas por temer represálias. "Minhas filhas dormem debaixo das goteiras quando chove. Nem uma porta nova para as casas posso comprar", diz um dos integrantes das famílias.

Fonte: A Tarde


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