27/03/15 16:46
No dia 20 de março, na Sala de Sessões do edifício Sede III, os novos juízes federais da 1ª Região, participantes das atividades do módulo prático I, realizado pela SJDF, desde o início de março, assistiram à palestra “Segurança Pessoal para Magistrados”, ministrada pelo agente de segurança judiciária Hipólito Alves Cardozo, coordenador do Serviço Destacado de Inteligência da Seção Judiciária do Distrito Federal.
A abertura do evento foi feita pelo juiz federal diretor do foro, Rui Costa Gonçalves, que deu as boas-vindas aos magistrados. Em relação ao módulo prático desenvolvido pela Seccional para atender os novos juízes, Rui destacou: “Nosso objetivo é fazer com que vocês trabalhem conosco, realizando uma imersão total na realidade das varas federais da SJDF. E vocês já estão contribuindo, e muito, com o nosso trabalho”. Os recém-empossados julgadores completarão essa primeira fase no dia 27 de março.
Ao iniciar a palestra, o instrutor Hipólito Cardozo falou da promoção da cultura de segurança. Abordou a mensuração de riscos e frisou que é possível evitar ataques a autoridades com ações de inteligência na área de segurança.
Cardozo mostrou análises a respeito do caso da juíza Patrícia Acioly, assassinada em agosto de 2011, e exibiu reportagens sobre o ocorrido para ilustrar como agiram os bandidos. “Houve todo um planejamento dos criminosos até a execução da magistrada”, informou.
Ele também deu dicas importantes no caso de a pessoa perceber que está sendo seguida e disse que o agressor não quer ser exposto. “Esse tipo de criminoso irá cometer o delito no momento em que a vítima estiver só ou em lugares pouco movimentados”.
O agir preventivo foi outro ponto da apresentação. “É errado achar que uma abordagem criminosa nunca vai ocorrer com a gente. Aja preventivamente, evitando que ocorra a agressão e tenha uma postura que faça desencorajar o agressor”, ensinou Hipólito.
O palestrante explanou, ainda, sobre a comunicação com advogados e jurisdicionados. Ocasião em que abordou os conceitos da comunicação não violenta. Descreveu o perfil do “engenheiro social”, criminoso que busca ter acesso a documentos sigilosos, por meio de influência e persuasão. “Esse tipo é paciente, tem personalidade e é persistente. Charmoso, educado, agrada facilmente com o objetivo de estabelecer afinidade e confiança”, alertou.
Hipólito disse que o contato do magistrado com os jurisdicionados deve ser estritamente profissional. Ele também aconselhou: “É prudente que os senhores e senhoras evitem comentar com parentes e amigos a respeito de processos envolvendo crimes e organizações criminosas”.
Gilbson Alencar
Comunicação – SAD Revista