Os crimes apontados são de lavagem de dinheiro, peculato e associação criminosa; relatório final será enviado ao STF e à PGR, que decidirão apresentar, ou não, denúncia contra os 12 indiciados
Por
Isadora Peron
,
Flávia Maia
e
Mariana Assis
— De Brasília
Judiciário
A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre a venda de joias recebidas pelo governo brasileiro durante a gestão de Jair Bolsonaro e indiciou o ex-presidente e mais 11 pessoas, entre elas Fabio Wajngarten, o general Mauro Cid Lorena e seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, o almirante Bento Albuquerque e o advogado Frederick Wassef.
Segundo a PF, Bolsonaro teria cometido os crimes de peculato (ao se apropriar de bens públicos), organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Agora, o relatório final será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF e à Procuradoria-Geral da República, a quem caberá apresentar, ou não, denúncia contra os indiciados. Segundo fontes, se o procurador-geral, Paulo Gonet, considerar que há elementos para processar o ex-presidente, a denúncia será feita antes do início da campanha eleitoral, em 16 de agosto. Ele também pode optar por pedir o arquivamento da investigação ou requisitar novas diligências.
O grupo teria atuado no desvio de itens de luxo que Bolsonaro recebeu quando estava no governo.
Até o fechamento desta edição, a defesa de Bolsonaro não havia se manifestado.
Fonte: Valor Econômico
por Iris Helena Gonçalves de Oliveira
Biblioteca
Justiça Federal - Seção Judiciária de Goiás