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20/04/2021 16:00 -

3ª Vara expede mandados e autoriza PF a deflagrar operação para apurar atuação de grupo que operava tráfico de drogas

3ª Vara expede mandados e autoriza PF a deflagrar operação para apurar atuação de grupo que operava tráfico de drogas

A Justiça Federal expediu seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva que autorizaram a Polícia Federal a deflagrar a Operação Goblin em três municípios paraenses, nesta terça-feira (20). A operação destina-se a apurar a atuação de grupo criminoso que operava tráfico internacional de drogas, responsável por 381 kg de cocaína apreendidos em uma residência no Distrito de Mosqueiro, a 60 quilômetros de Belém, em junho do ano passado.

Para dar cumprimento aos mandados, expedidos pelo juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira, da 3ª Vara, especializada em ações criminais, a Polícia Federal mobilizou 33 agentes, que fizeram diligências nos municípios de Ananindeua e Benevides, na Região Metropolitana de Belém, e em Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins.

O magistrado também deferiu o sequestro de bens móveis e imóveis dos suspeitos, avaliados em aproximadamente R$ 22 milhões, referentes a prédios, casa e cotas referentes a apartamentos em resorts de luxo, entre outros. Um dos presos estaria construindo vários prédios em Belém, inclusive batizando-os com nome dos filhos. Os valores sequestrados serão destinados aos cofres públicos para implementação de políticas públicas voltadas especialmente a projetos de reaparelhamento e custeio das atividades de fiscalização, controle e repressão ao uso e ao tráfico ilícito de drogas, assim como programas de prevenção, atenção, cuidado, tratamento e reinserção social de usuários de drogas.

Criptografia - Durante as investigações, observou-se que a associação criminosa fazia uso de aplicativo de criptografia de alto nível para tratar sobre atividades ilícitas, utilizando-se também de complexo sistema de financiamento ao tráfico de drogas que movimentou mais de R$ 89 milhões. O aplicativo de criptografia custa quase R$ 10 mil.

Na decisão que autorizou a Operação Goblin, o Juízo da 3ª Vara ressalta que a suspeita de uso do patrimônio de uma empresa de exportações para o custeio de atos de traficância é reforçada por um relatório da Polícia Federal, que apontou diversas transações em São Paulo (SP), apesar da empresa estar sediada em Belém.

O mesmo relatório acrescenta ainda que a empresa exportadora “opera com um padrão de movimentação financeira anômalo, que pode ser relacionado de modo direto e específico a atividades de traficância de entorpecentes”. É o caso da prisão de dois dos envolvidos em 2018, como também a apreensão, nesse mesmo ano, de 502 kg de tóxicos.

Além da exportadora, uma outra empresa também recebeu depósitos de pessoas com anotações criminais, residentes em São Paulo, e até mesmo inscritas em cadastros de programas sociais, de acordo com o relatório de análise da Polícia Federal. “Isso induz o Juízo a pensar, nesta etapa ainda inicial da persecução penal, que terceiros foram amealhados para ceder seus nomes para transações ilícitas, ocultando a identidade dos reais articuladores do esquema criminoso”, afirma a decisão.


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