No último dia 15 de julho, a Seção Judiciária do Amapá (SJAP) inaugurou o Núcleo de Práticas Restaurativas (NPR/AP) e o Centro Especializado de Atenção às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais (Ceav/AP). O evento contou com a presença do diretor geral da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, da coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa da Seção Judiciária do Distrito Federal, a juíza federal Rosimayre Gonçalves de Carvalho, do diretor do foro da SJAP, juiz federal Alex Lamy de Gouvêa, do coordenador da conciliação na SJAP, juiz federal Jucelio Fleury Neto e da coordenadora dos Juizados Especiais Federais do Amapá, juíza federal Mariana Álvares Freire.
Além dessas autoridades, também participaram da solenidade a juíza Nelba Siqueira, ex-coordenadora do Grupo Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Amapá, o procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado do Amapá, João Pedro Becker Santos, a defensora pública-chefe da Defensoria Pública da União no Estado do Amapá, Nayara Ribeiro Schroder Xavier, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amapá, doutor Edivan Santos.
Justiça Restaurativa
A criação do NPR/AP e do Ceav/AP na SJAP está em conformidade com a Resolução CNJ nº 225/2016, que reconhece a Justiça Restaurativa como um conjunto sistêmico de métodos e atividades voltadas à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais que motivam conflitos e violência. Esses métodos buscam responsabilizar todos os envolvidos, direta ou indiretamente, e promover a recomposição do ambiente social prejudicado pelo conflito.
A Justiça Restaurativa tem como principais objetivos a promoção da paz social, a resolução de conflitos de maneira participativa e humana, e a transformação pessoal e coletiva. A implementação desse modelo de justiça visa integrar as práticas restaurativas ao cotidiano do judiciário, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor para as partes envolvidas, e facilitando processos de diálogo e responsabilização.
Estrutura e Funcionamento
O Núcleo de Práticas Restaurativas funcionará de forma integrada ao Centro Judiciário de Conciliação da SJAP (CEJUC/SJAP), sob a supervisão do juiz federal coordenador. O Ceav/AP, por sua vez, estará vinculado ao NPR/AP, reforçando o atendimento especializado às vítimas de crimes e atos infracionais.
As novas instalações estão preparadas para atender às necessidades das funções exercidas, proporcionando um espaço adequado para a execução das práticas restaurativas. Esse espaço é fundamental para garantir a segurança e o sigilo dos participantes, elementos essenciais para o sucesso dos processos restaurativos.
Evento de Inauguração