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31/08/2006 18:15 -

Acusados de lesar aposentados têm interrogatórios marcados

Acusados de lesar aposentados têm interrogatórios marcados

O juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira, da 3ª Vara, designou para os dias 6 e 7 de novembro o interrogatório de seis pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que praticava fraudes usando dados pessoais sobre aposentados. As informações eram obtidas junto a empresas de energia elétrica e de telefonia. O esquema fraudulento foi descoberto em março deste ano, pela Polícia Federal, durante a Operação Balaústre, que resultou em seis prisões. Além das prisões, os policiais recolheram documentos e veículos adquiridos com o dinheiro obtido nas fraudes.

Ana Cristina Vieira Rocha, Luiz Antônio Dias Sarmento, Priscila Alessandra Dias Sarmento, Arlan Freitas de Souza, Kelly Cristina da Silva e Vanderson Marcelo da Costa Damasceno foram denunciados pelo Ministério Público Federal e responderão criminalmente pelas práticas de estelionato e formação de quadrilha.

Na denúncia oferecida à 3ª Vara, o procurador da República Richael Primo da Silva informa que as provas foram colhidas pela Polícia Federal, durante inquérito instaurado para apurar fraudes ocorridas, durante o ano de 2005, em contratos de empréstimos consignados firmados em nome de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com instituições bancárias, dentre as quais o Banco BMG e o Banco Bonsucesso. Concluída a apuração, diz o representante do MPF, “comprovou-se que os denunciados compunham uma associação criminosa dirigida à perpetração de crimes de estelionato, em prejuízo de segurados do INSS e da Dataprev”.

Segundo a denúncia, Kelly Cristina era responsável pela obtenção de informações pessoais de segurados do INSS para futura simulação contratual. Após conseguir acesso a nomes e endereços de beneficiários da Previdência, a denunciada, telefonava para Celpa e pedia a confirmação dos endereços e nomes completos das vítimas. Para conseguir tais informações, alegava ter comprado o imóvel em que residiam os segurados e que pretendia fazer a mudança de titularidade na fatura de energia elétrica.

Como próximo passo, prossegue o procurador, Kelly Cristina fazia uma pesquisa no serviço de auxílio à lista da Telemar para obter o número do telefone instalado no endereço fornecido pela Celpa. Finalmente, ligava para o segurado e, identificando-se falsamente como servidora do INSS, obtinha seus dados completos, inclusive o número do respectivo benefício.

Por telefone –A informações obtidas pela denunciada permitiam-lhe firmar diretamente, por telefone, contratos simulados de empréstimos consignados em nome de segurados, indicando a conta corrente de sua avó de criação para o depósito do valor.

Afirma a denúncia que, mesmo quando foi desautorizada a celebrar empréstimos por telefone, Kelly Cristina “continuou sua empreitada criminosa” e passou a contar, para a consecução dos empréstimos consignados, com o auxílio de Ana Cristina, gerente da Entelc, empresa parceira de uma outra, a Intermedia, intermediária do Banco Bonsucesso.

Arlan Freitas de Souza foi denunciado porque, segundo o Ministério Público Federal, confeccionava juntamente com Kelly Cristina documentos falsos em nome dos segurados e os apresentava em seguida a Ana Cristina, responsável pelo recebimento e conferência da documentação necessária à aprovação dos empréstimos.

O dinheiro proveniente das fraudes, afirma a denúncia, era depositado na conta da avó de Kelly Cristina, na conta de Arlan e nas contas de Luiz Antônio Dias Sarmento, Priscila Alessandra e Vanderson Damasceno. “Os três, em troca de determinada quantia e com inteira consciência da fraude, cederam a Kelly e Arlan seus cartões bancários, outorgando-lhes poderes para utilizarem suas contas bancárias particulares”, conclui a denúncia.


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