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30/06/2008 17:08 -

Assaltantes da Caixa são condenados a mais de 80 anos

Assaltantes da Caixa são condenados a mais de 80 anos

O juiz federal substituto da 3ª Vara, Leonardo Augusto de Almeida Aguiar, condenou (veja a sentença) quatro pessoas que assaltaram a Agência Ver-o-Peso da Caixa Econômica Federal, na Avenida Presidente Vargas, em Belém. Para a execução do roubo, em março de 2007, os réus ficaram com cerca de R$ 350 mil depois de manterem em cárcere privado e em seguida seqüestrarem o tesoureiro da agência, sua esposa e a filha do casal, menor de 13 anos de idade.

As penas impostas pelo magistrado somam mais de 80 anos de reclusão. As condenações mais pesadas recaíram sobre Carlos Maciel Pereira da Silva, que pegou 26 anos e quatro meses de reclusão; Carlos Alberto Cunha de Oliveira, 24 anos e oito meses de reclusão; e Renato Monteiro Lopes e Giovane Ribeiro dos Santos foram punidos, cada um, com 18 anos. Todos eles continuarão presos, ainda que recorram da sentença ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

Três rés sofreram penas mais brandas. Flávia Ferreira dos Santos foi condenada a 1 um ano, pelo crime de receptação de objeto roubado. Fernanda Ferreira dos Santos e Beatriz Ferreira dos Santos foram apenadas, cada uma, a 3 anos de prisão, pelo crime de ocultação de bens ou valores decorrentes de extorsão mediante seqüestro. Em relação às três rés, o juiz transformou a pena de restrição da liberdade em prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.

Uma sexta pessoa, Wilson Veloso da Silva, também é acusada de participação no assalto. Mas o processo, em relação a ele, foi desmembrado. Ou seja, o réu está sendo julgado separadamente, para que fosse acelerado o julgamento dos demais. O juiz mandou desmembrar os autos para que se “apurem maiores elementos de convicção probatória” em relação a Wilson, sobretudo análises policiais conversas do acusado com os demais réus.

Lava-jato -O assalto, segundo a denúncia do Ministério Público Federal, começou com o roubo de um carro no dia 10 de março de 2007. Por volta das 22h, Carlos Maciel e Carlos Alberto Nunes de Oliveira invadiram um lava-jato na Travessa Humaitá - entre as avenidas Primeiro de Dezembro e Almirante Barroso -, identificaram-se como policiais e, exibindo armas de fogo, renderam empregados e clientes e roubaram um Ford Fiesta Sedan, além de dinheiro, uma bolsa com pertences diversos e dois aparelhos celulares.

No dia 19 de março, por volta das 20h30, o mesmo carro foi usado para fazer reféns o tesoureiro da agência, abordado em frente à sua casa, no bairro da Cremação. Ele, a mulher e a filha ficaram durante toda a noite e a madrugada seguinte sob a ameaça de armas. A empregada doméstica da família também foi feita refém ao chegar de manhã, para trabalhar.

Sob forte coação psicológica, o tesoureiro foi obrigado a ir até a Agência Ver-O-Peso para sacar todo o dinheiro disponível no cofre forte. Em poder dos bandidos ficaram sua esposa e filha, além da empregada. Elas foram forçadas a entrar no carro e em seguida levadas para lugar ignorado, sofrendo ameaças de que seriam executadas caso o tesoureiro da Caixa não atendesse a determinação dos seqüestradores.

Diante das ameaças, ainda segundo a denúncia do MPF, o tesoureiro efetuou a retirada de cerca de R$ 350 mil e, para entregar o dinheiro, teve que obedecer às ordens dos bandidos. As reféns foram libertadas por volta das 10h do dia 20 de março.


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