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Notícias

29/01/2008 16:09 -

Chico Ferreira nega acusações e rejeita depoimento que prestou na PF

Chico Ferreira nega acusações e rejeita depoimento que prestou na PF

O empresário João Batista Ferreira Bastos, o Chico Ferreira, negou na manhã desta terça-feira, 29, na Justiça Federal, qualquer envolvimento em crimes de sonegação previdenciária, fraudes em processos licitatórios e de formação de quadrilha, conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele foi ouvido em interrogatório pelo juiz federal substituto da 3ª Vara, Leonardo Augusto de Almeida Aguiar.

Chico Ferreira foi o último dos 18 denunciados pelo MPF a ser ouvido na 3ª Vara Federal, especializada em ações criminais. O interrogatório durou cerca de 1 hora. O empresário chegou à Seção Judiciária do Pará conduzido por agentes da Polícia Federal. Ele cumpre pena de reclusão em regime fechado, na Penitenciária de Americano, após ter sido condenado a 80 anos de reclusão como mandante da morte dos irmãos Novelino, crime ocorrido em abril do ano passado.

Preso com mais nove pessoas durante a Operação Rêmora, em novembro de 2006, Chico Ferreira é acusado pelo MPF de comandar juntamente com Marcelo Gabriel, filho do ex-governador Almir Gabriel, o que seria uma organização criminosa.

Os dois, afirma a denúncia, “eram os responsáveis pelo direcionamento empresarial ilícito, a partir do contato com agentes públicos, bem como a definição da estrutura societária falsa, além do acobertamento do grupo diante da fiscalização previdenciária”. Segundo ainda o Ministério Público, Chico Ferreira e Marcelo Gabriel agiam “fazendo contatos com dirigentes de outros órgãos e entidades da administração pública, como se observa em comunicações por meio eletrônico e telefônico.”

Além de negar todos os termos da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, Chico Ferreira também não confirmou o depoimento de cerca de 30 laudas que prestou na Polícia Federal, no dia em que foi preso pela Operação Rêmora. O empresário afirmou que foi induzido a assinar o documento na PF e que na ocasião se encontrava sem a assistência de advogado.

O réu afirmou ainda que foi apanhado na prisão pela Polícia Federal, sem prévio aviso, e também foi interrogado na sede do MPF. O empresário exerceu o direito de permanecer em silêncio tanto em relação às perguntas formuladas pelo juiz como pelo representante do Ministério Público. Tanto a defesa do acusado como a de outros dois réus – o inspetor Rogério Rivelino e o auditor Luiz Fernando Gonçalves da Costa, ambos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) – nada requereram durante o depoimento.


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