O Comitê Gestor de Crise do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu, nesta terça-feira (15), manter o plantão extraordinário até o dia 31 de janeiro de 2021 na Justiça Federal do Pará e de mais 12 estados, além do Distrito Federal. Com isso, as atividades continuarão a ser desenvolvidas por meio remoto. No caso da Secional do Pará, o controle das atividades presenciais foi retomado apenas parcialmente e se encontra ainda em etapa preliminar.

A reunião do comitê foi conduzida virtualmente, via plataforma Teams, pelo presidente do TRF1, desembargador I’talo Mendes, e contou com as presenças do diretor do Foro da Seção Judiciária do Pará, juiz federal José Airton de Aguiar Portela, e de outros dirigentes de Seccionais, que discutiram sobre o nível de contágio do novo coronavírus Covid-19, os índices de mortalidade e as situações em cada estado da 1ª Região, a maior do País territorialmente.

Entre os pontos levantados pelo presidente do TRF1 estiveram, além das condições sanitárias e de saúde dos estados, o atendimento nos Juizados Especiais Federais (JEFs); a realização de perícias médicas e a necessidade de novas avaliações sanitárias nas seções e subseções judiciárias que darão início à etapa preliminar de retorno. Os diretores de foro registraram que têm acompanhado as notícias e informações oficiais dos órgãos responsáveis pela crise sanitária em seus estados sobre o aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus e a crescente ocupação nos leitos de UTI.

O desembargador federal Marcos Augusto de Sousa, que preside o comitê, ressaltou que as festas e aglomerações comuns de fim de ano devem trazer um maior número de contágio da Covid-19. Segundo avaliou, o recesso judiciário favorece a não disseminação do vírus, já que o número de pessoas dentro dos fóruns diminui significativamente. Ele acredita que somente as vacinas trarão mais tranquilidade para o retorno presencial ao trabalho na Primeira Região.

Teletrabalho - A diretora da Divisão de Assistência à Saúde (Diasa), Ana Alice Siqueira Santos Carvalho, apresentou gráficos do Ministério da Saúde com as evoluções de casos de Covid-19 no DF. Ela defendeu a adoção de uma postura conservadora e sem relaxamentos antes da vacinação, além de ressaltar que os servidores estão bem adaptados ao teletrabalho adotado desde março na Primeira Região, com o início da pandemia no Brasil.

O presidente I'talo Mendes manifestou sua preocupação com o período do verão nos estados que têm praia e recebem grande quantidade de turistas, como Bahia, Maranhão e Piauí, e pediu que a atenção fosse redobrada para se avaliarem todas as variáveis e o incremento do número de casos de Covid no período. "Esperava a 2ª onda para o início de março/21, mas houve elementos como a eleição, que anteciparam tudo isso", lamentou o desembargador.

Comitê e diretores de foro ressaltaram, ainda, a alta produtividade experimentada com o teletrabalho e o uso de ferramentas digitais desde o início da pandemia. Para o desembargador Marcos Augusto, apesar das dificuldades enfrentadas, o balanço dos trabalhos nesse ano de pandemia foi positivo, as decisões foram tomadas com muita responsabilidade e foi possível chegar a um ponto de equilíbrio entre a cautela, a proteção à saúde e a prestação jurisdicional. "O que motiva é a seriedade e o engajamento de todos", afirmou. "Vamos chegar ao final dessa situação tendo aprendido muito sobre novas formas de realizarmos o nosso trabalho", finalizou. Juntamente com o presidente Í'talo Mendes, ele desejou a todos um feliz Natal a todos e expressou a renovada esperança de que 2021 seja melhor do que este ano que está se encerrando.

Com informações da Ascom do TRF1