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Notícias

07/07/2011 19:06 -

Dois acusados de latrocínio são condenados a 60 anos de prisão

Dois acusados de latrocínio são condenados a 60 anos de prisão

O assassinato do perito criminal da Polícia Federal Francisco Antônio Freitas de Souza tem os dois primeiros punidos. Acusados de latrocínio e formação de quadrilha, Luan Souza de Souza e Lariélcio Almeida Galibi foram condenados nesta quarta-feira (06), pela Justiça Federal, às penas de 32 e 28 anos de prisão, respectivamente. Francisco foi morto na frente de várias pessoas com sete tiros, em outubro de 2009, no bairro da Sacramenta, em Belém, após sair de um motel.

Os dois réus que foram condenados continuarão presos, mas ainda poderão recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF). O latrocínio teve dois outros envolvidos, Cezar Neto de Alcântara Prestes, o “Baba”, e Mauro José da Cruz Cruz, o “Zé Carneiro”, ambos denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). Como não se apresentaram ao juízo, muito embora tenha ocorrido a citação por edital, a 4ª Vara Federal, especializada em ações criminais, decidiu desmembrar o processo, para não atrapalhar o julgamento de Luan e Lariélcio.

Na sentença, o juiz federal Antônio Carlos Campelo, da 4ª Vara, se manifestou convencido das alegações do Ministério Público, que apontou os quatro réus como integrantes de uma quadrilha que praticava roubos em Belém e costumava utilizar adolescentes do sexo feminino. Elas se prostituíam ou simulavam se prostituir, para atrair as vítimas ao local previamente combinado com o bando. Foi assim, segundo a denúncia, que aconteceu com o perito Francisco Souza.

Na noite de 7 de outubro de 2009, segundo a denúncia do MPF, ele passava de carro pelo Complexo Ver-o-Rio, na orla de Belém, e convidou três adolescentes para irem a um motel. Após saírem do motel, já na madrugada do dia 8, elas direcionaram a vítima para a passagem Antônio Leal, no bairro da Sacramenta. No momento em que o perito da PF manobrava seu veículo, as três jovens saíram correndo do carro, dando sinal para a ação dos acusados, que antes foram avisados para aguardar a passagem do veículo por esse local.

Golpes - Lariélcio, segundo a denúncia, estava armado de um revólver calibre 38 e anunciou o assalto. “Zé Carneiro” usou o cabo da arma que portava para golpear o perito na testa várias vezes, deixando-o desacordado. Em seguida, fez sete disparos que acabaram causando a morte de Francisco Souza.

“Baba” e Luan, por sua vez, teriam participado desde o início da execução do crime, efetuando diversas tarefas, dentre elas o cerco ao veículo, a vigilância das portas traseiras do automóvel, a intimidação da vítima e o recolhimento de seus pertences durante a agressão.

Além do assassinado do perito, foram roubados diversos objetos que estavam em seu poder, como uma pistola Glock LWZ 859, um carregador municiado com nove cartuchos não deflagrados, um notebook, um carregador um HD (disco rígido de computador) externo. Todos os objetos eram de propriedade da Polícia Federal, segundo laudos do Centro de Perícias Renato Chaves.

O juiz Antônio Carlos Campelo não aceitou a alegação de que Luan teria sido forçado a assumir a autoria do delito na Polícia Federal, uma vez que várias pessoas o viram no local do crime e testemunharam sua ação na companhia dos demais réus.


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