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Notícias

19/09/2008 18:23 -

Juiz manda PF conduzir secretário a uma audiência em Santarém

Juiz manda PF conduzir secretário a uma audiência em Santarém

O juiz federal Francisco de Assis Garcês Castro Jr, da Subseção de Santarém, determinou há pouco, à Polícia Federal, que conduza o secretário de Planejamento do município, Everaldo Martins Filho, até o prédio da Justiça Federal na cidade. Agentes da PF, segundo o magistrado, estão no aeroporto de Santarém, à espera do secretário - que está em Belém e deve retornar ainda hoje -, para obrigá-lo a se dirigir até a sede da Subseção.

O magistrado informou que sua ordem foi tomada porque o secretário não comparecer a uma audiência marcada para ontem (18), muito embora tenha sido Everaldo Martins Filho intimado há mais de 15 dias. O secretário deverá depor na condição de testemunha num processo criminal que tramita, em Belém, na 3ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Pará, em Belém.

Como o secretário não compareceu ontem, o magistrado remarcou a audiência para hoje, às 16h, quando também se registrou a ausência de Everaldo. Francisco Garcês informou que não se convenceu da alegação apresentada por Everaldo, por meio de seu advogado, de que não poderia comparecer ao juízo, porque precisava se deslocar a Belém, para audiência com a governadora do Estado.

“A presente justificativa não convence, seja pela vaguidade, seja pela ausência de razão suficiente para a testemunha faltosa relegar os atos desta instância judiciária à comodidade de suas ações, quer como agente do município ou como particular”, escreve o juiz.

Complementa o juiz federal: “Parece que o ‘inadiável’ comparecimento da testemunha à audiência com a Governadoria bem que poderia ocorrer com a titular do Poder Executivo [a prefeita de Santarém, Maria do Carmo], que, como se sabe, é irmã do faltoso.”

Além de mandar conduzir o secretário, Francisco de Assis Garcês Castro Júnior também mandou multar Everaldo Martins Filho no valor de R$ 2 mil, a ser depositado em juízo no prazo de 10 dias, e determinou a instauração de inquérito policial, “visando apurar possível prática de crime de desobediência.”


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