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25/09/2017 16:00 -

Justiça Federal recebe Imagem Peregrina e faz doações a entidades assistenciais

Justiça Federal recebe Imagem Peregrina e faz doações a entidades assistenciais

Magistrados, servidores e terceirizados da Justiça Federal, juntamente com seus familiares, participaram nesta segunda-feira, em Belém, de missa que marcou pelo 9º ano a visitação da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré à Seção Judiciária do Pará. O evento ocorre a menos de duas semanas da realização do Círio, a maior romaria dos paraenses, no segundo domingo de outubro.

Durante as quatro semanas que antecederam a visitação da Imagem Peregrina à Justiça Federal, a Comissão Organizadora fez uma campanha que arrecadou cerca de 300 quilos de alimentos não-perecíveis, que serão doados à Amidifae, associação sem fins lucrativos, mais conhecida como "Casa da Sopa" e dirigida pelo Eloi Wayth, o celebrante da missa. Situada no bairro do Guamá, um dos mais populosos de Belém e com maior número de famílias carentes, a entidade distribui gratuitamente mais de 2 mil pratos de sopas por dia, além de cestas básicas, e oferece tratamento médico e odontológico, dentre outros serviços. Também foram arrecadados 116 pacotes de fraldas descartáveis, que serão destinadas ao Abrigo São Vicente de Paulo.

O celebrante aproveitou uma das leituras da missa - em que o rei Ciro, da Pérsia, convoca o povo de Deus para ajudá-lo na missão de construir um templo em Jerusalém - para ressaltar que todos os cristãos, no curso dos tempos, são chamados sempre a construir e edificar, cada um aproveitando os dons e os talentos que recebeu de Deus.

O papel do Judiciário - “Deus quer que a gente construa e edifique. Vocês [magistrados e servidores] têm um papel extraordinário, fundamental neste momento que estamos vivendo no Brasil. Meu Deus! A importância que os senhores e as senhoras têm, nesta hora que o País está passando, é imensa. Vocês precisam ser as luzes para que possamos enxergar aquilo que por tanto tempo ficou nas trevas e ninguém via. Mas precisamos ter diante dos nossos olhos tudo aquilo que nos edifica. Que esta Casa, que esta família da Justiça Federal, que este Poder possa fluir nesta luz que nos é dada, que se inspire com esta visitação de Maria Santíssima e que seja iluminado pelo Espírito Santo, para que todos vocês possam construir e edificar com amor e determinação”, ressaltou padre Eloi durante a homilia.

O sacerdote alertou que ninguém pode perder de vista as oportunidades e chances que cada um tem, ao longo da vida, para exercer da melhor forma possível os dons que recebeu. “Deus nos dá muitas chances, muitas oportunidades. Quantos momentos você foi capaz de vencer? Quantas coisas você já viveu e sobreviveu? Quantos dons Deus te deu? Como você trabalha isso? A sua inteligência. O que é que você faz com a sua inteligência? Devemos ser melhores no sentido de que devemos brilhar. Ninguém acende uma lâmpada para colocar embaixo de uma vasilha. A lâmpada é posta no candeeiro, é posta em algum lugar para que brilhe. Então por que a nossa luz está apagada? A nossa luz tem que brilhar. A luz da justiça precisa brilhar, para que nós sejamos um sinal permanente do que nós somos capazes de fazer, acrescentou o padre.

Ressaltando que o País vive “um momento muito difícil e tempos cruéis”, padre Eloi comparou as dificuldades que muitos enfrentam hoje com as que Maria enfrentou há mais de 2 mil anos, quando precisou vencer distâncias com muitos obstáculos geográficos para visitar sua prima Isabel, ambas grávidas. “Mas Maria enfrentou as dificuldades porque levava uma força. Porque levava o Espírito. Ela tinha com ela uma força espiritual. Às portas do Círio, sentimos emoções, o calor de mãe, da mãe que jamais fica contra o filho. Que mãe fica contra o filho? Nenhuma. Por isso, sempre olho para a figura de Maria como aquela que é a assessora de Jesus no nosso tempo”, destacou o celebrante.

A juíza federal Carina Senna, diretora do Foro em exercício, avaliou que a visitação da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré foi uma ocasião de congraçamento entre magistrados, servidores e terceirizados. “Eu só tenho a agradecer a toda a Justiça Federal, a todos os que demonstraram um grande espírito de solidariedade, colaborando com as obras sociais da Casa da Sopa e do Asilo São Vicente de Paulo. E também só tenho a agradecer aos membros da Comissão Organizadora desta festa. Sem eles, este momento de oração, de fé e fraternidade com a presença de Maria Santíssima entre nós não teria sido possível”, disse a magistrada.

Para organizar a visita da imagem peregrina à Justiça Federal, portaria da Diretoria do Foro designou comissão presidida pela juíza federal Carina Senna e integrada pelos servidores José Luiz Miranda Rodrigues Ivana Fayal Aguiar, José Jorge Marques dos Santos, Carol Marques Medrado Damasceno, Esther Dolores de Parijós Galende, Keila Viviane Vilar de Paiva, Márcia Maria Duarte Alcântara de Vasconcelos, Paulo Vicente Fernandes Galende, Suellen Polaro Franco David, Shirley Rosianne Maria Paes da Consolação, Paulo Alex da Costa Pena, Paulo Sérgio Pôrto Bemerguy, João Ronaldo Nascimento da Trindade e Simone de Luna Gonçalves Castañeda.

A missa contou ainda com a participação do Madrigal Vitória-Régia, sob a regência do maestro Elias Silva e integrado pelos servidores Augusto Repolho Pimentel, Eneida Celeste Moreira, Carol Medrado, Sílvia Mary Cardoso, Márcia Souza Silveira, Lauriano Pinto dos Anjos e Mônica Genu. A Caixa Econômica Federal, através da agência que funciona no edifício-sede da Seção Judiciária, também colaborou com o evento.

Patrimônio cultural - Realizado pela primeira vez no ano de 1793, o Círio aconteceu no segundo domingo de outubro e tem reunido nos últimos anos mais de 1,5 milhão de pessoas, conforme levantamentos que têm sido feitos pelo Departamento Sindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA). Além de seu significado religioso, a procissão também reúne elementos que já se inscreveram entre algumas das maiores manifestações culturais do Estado e do País.

Em setembro de 2004, o Círio de Nazaré foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural de natureza imaterial. Em dezembro de 2013, a romaria foi incluída na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), conforme decisão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial.


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