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Uma missa em Ação de Graças a Nossa Senhora de Nazaré, celebrada nesta quinta-feira (18), no auditório da Seção Judiciária do Pará, marcou na Justiça Federal o transcurso do Círio, ocorrido no último domingo (14), em Belém.
Celebrada pelo padre Dalvan Ribeiro, que atua no Seminário da Diocese de Marabá, situado em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém, a missa teve o acompanhamento do músico Antônio Almir Silva Araújo, da Igreja da Santíssima Trindade, e contou as presenças de servidores, magistrados, seus familiares e empregados de empresas terceirizadas que prestam serviços à Seccional.
O celebrante observou não ter sido por acaso que a celebração da Missa em Ação de Graças tenha ocorrido, precisamente, no dia da Festa de São Lucas Evangelista, uma das mais marcantes da Igreja Católica. “Isso não é uma coincidência. É uma providência. Porque o Evangelho de São Lucas é o mais mariano dos Evangelhos. E vocês, servidores da Justiça Federal, mesmo sem atentarem para a festa, escolheram justamente esta data para a celebração da Missa em Ação de Graças pelo Círio de Nossa Senhora de Nazaré”, ressaltou o sacerdote.
Padre Dalvan, que é maranhense, contou que ouve falar do Círio desde criança, mas só pôde ter a exata dimensão da festa ao participar de sua primeira romaria em Belém, no ano de 2002. “Uma coisa que sempre me chamou a atenção é que Nossa Senhora de Nazaré, na época do Círio, abre todas as portas – das casas, das empresas, das instituições. É impressionante a quantidade de pessoas que participam das romarias. Isso não existe em lugar nenhum. Belém é mesmo uma terra abençoada”, acrescentou o padre.
Ele lembrou que a devoção a Nossa Senhora se perde nos tempos da História e não escolhe lugar para operar prodígios. Citou especialmente a colonização do México, onde os padres franciscanos, que acompanharam as expedições do conquistador Hernan Cortez, tiveram muito trabalho para catequizar os índios nativos, até a aparição de Nossa Senhora de Guadalupe.
Evangelizadora - “Nossa Senhora foi a primeira evangelizadora das Américas”, disse padre Dalvan. “Ela escolheu o México para ajudar os franciscanos na evangelização, assim como Nossa Senhora de Nazaré escolheu Belém do Pará como uma terra especial, que tem uma festa como o Círio. Já andei por vários lugares, mas nunca vi uma reunião tão grande de pessoas como no Círio”.
O padre destacou que a identificação de Maria como evangelizadora está presente no seguinte trecho do Evangelho de São Lucas lido ontem: “Doravante as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é Santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração, a todos os que o respeitam”.
Segundo o padre Dalvan Ribeiro, o sentido do termo “geração” tem ligação com filhos, com família. “Esse trecho do Evangelho é uma clara referência à Igreja. É como se Maria dissesse que toda a Igreja a chamará de bem-aventurada”, acrescentou o sacerdote, alertando que os devotos de Nossa Senhora de Nazaré devem considerar não apenas a dimensão cultural, mas a “dimensão eclesial” do Círio, como um momento de evangelização da Igreja Católica.
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