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08/11/2013 18:00 -

Motivação é essencial para aumentar produtividade, ensina juiz

Motivação é essencial para aumentar produtividade, ensina juiz

Qualidade e ProdutividadeMotivar a equipe, encontrar formas de fazer com que o servidor público produza o melhor possível com os meios de que dispõe e tratar o jurisdicionado como o próprio funcionário gostaria de ser tratado são fatores que o juiz federal William Douglas dos Santos aponta como essenciais para aumentar a qualidade e produtividade no Poder Judiciário.

Titular da 4ª Vara Federal em Niterói (RJ) e autor de livros que já venderam 700 mil exemplares, entre eles “Como passar em provas e concursos”, o magistrado abordou nesta sexta-feira, no auditório da Justiça Federal no Pará, o tema “Qualidade e Produtividade no Poder Judiciário”, em palestra coordenada pelo Núcleo de Recursos Humanos (NUCRE), através de sua Seção de Desenvolvimento e Avaliação de Recursos Humanos (SEDER).

Durante cerca de 1 hora e meia, William Douglas prendeu a atenção de magistrados e servidores da Justiça Federal e do Ministério Público, além de concurseiros. Bem-humorado, relatou experiências pessoais e profissionais, vinculando-as a ensinamentos e princípios relacionados às áreas de administração e marketing aplicáveis ao serviço público, além de referir-se até mesmo a preceitos bíblicos, que podem orientar condutas em várias circunstâncias, independentemente de crenças religiosas professadas por qualquer pessoa.

Qualidade e ProdutividadeWilliam Douglas contou que em 1997, quando assumiu a 4ª Vara Federal de Niterói, o acervo de processos que tramitavam na unidade era de 8 mil. Em 2005, oito anos depois, esse número decresceu para cerca de 3,7 mil. Esta média, que tem se mantido até agora, continua a sobressair-se em relação à de outras varas, inclusive das que também passaram a se empenhar para reduzir a quantidade de processos.

“Ninguém deve esperar um helicóptero para melhor as condições de trabalho, porque o helicóptero nunca virá. Precisamos fazer o melhor com os meios de que dispomos”, ensinou o juiz. Para tanto, ele considera fundamental motivar a equipe de servidores, fazendo-os perceber que são importantes para o serviço público e incorporando sugestões que os próprios funcionários apresentam para melhorar a qualidade e produtividade.

“Os elogios aos servidores, por exemplo, eu nunca os faço somente para eles mesmos. Costumo sempre reunir os seus familiares, para que também ouçam, pessoalmente, a aprovação e as palavras elogiosas do juiz. O funcionário ganha motivação ainda maior, sendo elogiado na frente de seus familiares”, constatou William Douglas.

Equipes motivadas, conforme destacou o magistrado, se refletem diretamente na autoestima dos funcionários, que passam a fazer tarefas rotineiras de forma bem mais prazerosa, em benefício da produtividade e dos jurisdicionados. Servidores motivados mostram-se orgulhosos de prestar serviços à coletividade. “Tive funcionário que até dentro de ônibus já defendeu o serviço público de críticas”, contou o juiz.

O aumento da produtividade, da eficiência e da qualidade no trabalho, observou o juiz federal, conduzem inevitavelmente a novos padrões de exigência que vão demandar empenhos crescentes por parte de toda a equipe. “Quando temos 20 mil processos em tramitação, ninguém observa muito os erros. Mas se esse número cai para 2 mil, aí os erros passam a sobressair”, exemplificou o juiz.

Quem é - Mestre em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF) e pós-graduado em Políticas Públicas e Governo (EPPG/UFRJ), William Douglas também é Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ, e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas.

O magistrado já conquistou, entre outras distinções, o Prêmio Melhores Práticas de Gestão – Conselho Nacional de Justiça, citado no Planejamento Estratégico do Poder Judiciário/CNJ, bem como foi premiado nas 6ª e 9ª Mostras Nacionais de Qualidade do Poder Judiciário.

Possui larga experiência na realização de provas e concursos públicos. Foi o primeiro colocado nos concursos para juiz de Direito, Defensor Público e delegado de Polícia do Rio de Janeiro. No certame para juiz federal da 2ª Região, que abrange os Estados do Rio e Espírito Santo, foi o oitavo colocado. Para professor de Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF), ficou em quarto lugar.


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