Os juízes federais José Airton de Aguiar Portela e Cláudio Henrique Fonseca de Pina foram empossados nesta segunda-feira (1), respectivamente, diretor e vice-diretor do Foro da Seção Judiciária do Pará. Portela, que já era vice-diretor da Seccional desde 2018, vai suceder a juíza federal Carina Cátia Bastos de Senna. A atual gestão se estenderá até maio de 2022.
Os magistrados foram empossados durante sessão solene virtual conduzida pelo presidente do Tribunal Regional Federal, desembargador federal I’talo Mendes, que também deu posse aos demais dirigentes das Seções Judiciárias na 1ª Região, que abrange o Pará e demais estados da Região Norte, além de Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Goiás, Bahia e Minas Gerais, além do Distrito Federal. A solenidade foi transmitida em tempo real e pode ser vista no YouTube do TRF1.
A Portaria Presi nº 10275156, que designou os diretores do Foro das seccionais, também indicou os novos dirigentes da Justiça Federal no interior. No Pará, foram designados para diretor das Subseções os juízes federais Hugo Leonardo Abas Frazão (Santarém), Marcelo Honorato (Marabá), Maria Carolina Valente do Carmo (Altamira), Omar Bellotti Ferreira (Castanhal), Francisco Antônio de Moura Júnior (Redenção), Paulo Cesar Moy Anaisse (Paragominas), Rafael Ângelo Slomp (Tucuruí) e Sandra Maria Correia da Silva (Itaituba).
“Que momento é este em que vivemos? Vivemos uma situação de crise sanitária, que dificulta a atuação da administração”, reconheceu o presidente do TRF1, desembargador I’talo Mendes. Apesar das crises e dificuldades, ele lembrou que a Justiça Federal, mantendo-se fiel ao que classificou de “compromisso com o interesse público”, jamais deve perder o foco em seus jurisdicionados.
I’talo Mendes disse que uma palavra deve sintetizar sua gestão nos próximos dois anos: convite. “Num contexto como este, é impossível administrar sozinho”, disse o presidente, convidando os novos dirigentes das seções e subseções judiciárias da 1ª Região a contribuir “para a construção de um mundo melhor, de uma Justiça melhor”.
O presidente informou que sempre estará à disposição de todos para trocar ideias, disse que as seccionais podem encaminhar desde logo suas prioridades, para análise do TRF1, pediu atenção às questões ambientais e indígenas e anunciou seu compromisso com a Justiça Federal em todo o Norte do País, sobretudo as unidades que funcionam em áreas de fronteira. “Não descurarei em momento algum de cada seção ou de cada subseção judiciária”, garantiu o desembargador.
Ao se pronunciarem, os novos diretores do Foro de todas as seccionais ressaltaram os desafios impostos pela pandemia do coronavírus Covid, que atinge indistintamente a população de todo o País, e pelas restrições orçamentárias. Ressaltaram, no entanto, que o trabalho cooperativo, com apoio do TRF1, será capaz de manter o pleno funcionamento e a excelência dos serviços da Justiça Federal.
Novos desafios - O juiz federal José Airton Portela enalteceu a gestão de sua antecessora no biênio 2018-2020, Carina Senna, ressaltando que, diante da escassez de recursos, a magistrada usou a criatividade para fazer “sem dúvida um grande trabalho”. Portela também saudou o novo vice-diretor, Cláudio Pinha, “a quem abraço e convido a trabalharmos com entusiasmo, de forma intimorata, porque os tempos atuais são difíceis”.
O magistrado destacou que um juiz como ele, quando ingressa na magistratura, encontra-se apto para atuar no julgamento de ações, inclusive as mais complexas, mas nem imagina que um dia será convocado a exercer a missão de administrar. “Nunca imaginei que deveria me preocupar com a goteira, com o sistema de informática que caiu, com os problemas comuns de servidores, com as angústias dos colegas e que eu seria, um dia, desafiado a administrar todas essas questões, indo muito mais além desse papel que deveria cumprir ao longo da minha carreira de magistrado. Hoje, abraço essa missão, sabendo que é um tempo de escassez. Por isso, é um tempo que exige austeridade, porque os recursos são parcos”, complementou José Airton Portela.
Ele manifestou ainda sua certeza de que terá a colaboração de colegas magistrados e dos servidores de toda a Seção Judiciária do Pará, além do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. “Com solidariedade e otimismo, conseguiremos juntos vencer os desafios. Com fé e esperança em um futuro melhor, cremos que conseguiremos passar esse bastão ao sucessor, daqui a dois anos, com a sensação de que cumprimos a missão com êxito”, disse o novo diretor do Foro.