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20/10/2016 16:00 -

Palestra orienta sobre como viver na cidade sem ser vítima da violência urbana

Palestra orienta sobre como viver na cidade sem ser vítima da violência urbana

Não falar ao telefone celular nas vias urbanas, não deixar objetos de valor à vista dentro de veículos, não ficar dentro de carros que estejam estacionados ou parados em lugares públicos e expor-se com bastante cautela nas redes sociais para não divulgar informações que possam facilitar ações criminosas são condutas preventivas que podem, na maioria das vezes, preservar a vida de qualquer pessoa em ambientes mais propícios à ação de assaltantes.

As orientações foram apresentadas a magistrados e servidores da Justiça Federal no Pará na tarde desta quinta-feira (20), em Belém, durante palestra que abordou o tema "Como viver na cidade sem ser vítima de violência urbana - questão de atitude mais que de força". O palestrante, Flávio Bosco Di Mambro, é pós-graduado em Segurança Pública, servidor da Justiça Federal no Distrito Federal, coordenador do Grupo Especial de Segurança do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, e fundador do Serviço de Segurança Destacado de Inteligência na Seção Judiciária do DF.

O juiz federal diretor do Foro, Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes, ressaltou que a presença de Di Mambro na Seccional do Pará atende ao objetivo de aperfeiçoar os mecanismos de segurança institucional, destinados a proteger não apenas magistrados e servidores, mas os jurisdicionados que diariamente circulam nas dependências das Justiça Federal. "Nesse ambiente de insegurança em que vivemos, nada mais oportuno do que um técnico, que conhece profundamente o assunto, transmitir orientações sobre como procedermos para ter a melhor segurança possível", disse o diretor do Foro.

Prevenção - "Quando o assunto é segurança, nada é totalmente garantido. Mas a prevenção é essencial, ou mesmo é quase tudo. Em verdade, para preservarmos nossa vida, precisamos de 90% da prevenção, de 5% de reação e de 5% de sorte", ensinou o palestrante. Par ilustrar, ele mostrou um vídeo em que em que homem invade a sala de recepção de um órgão, onde estão cinco pessoas. Todas atendem às ordens e entregam seus pertences, menos uma moça, que não apenas se recusa a entregar seu telefone celular como ainda reage agride fisicamente o assaltante, que atira duas vezes contra ela. "A vítima só não morreu porque os dois disparos falharam. Nesse caso, ele contou com os 5% de sorte", reforçou Di Mambro.

O palestrante mencionou dados mostrando que há cerca de três anos, entre os crimes registrados em Belém, 80% relacionavam-se ao patrimônio das vítimas e 20% contra a vida humana. Os dias de maior incidência da criminalidade, de acordo com os mesmos dados apresentados por Di Mambro, eram sexta-feira, sábado e domingo. E 78% do atos criminosos ocorreram em vias públicas e apenas 22% em ambientes privados. "Por isso é que andar na rua exige muitos cuidados, porque há vítimas que facilitam a ação de assaltantes. Todos sabemos que a oportunidade faz o ladrão. E a oportunidade, portanto, aumenta os risco de crimes, porque o infrator busca sempre o benefício por meio do menor risco ou da melhor vítima", alertou o palestrante.

O juiz federal da 1ª Vara, Cláudio Henrique Fonseca de Pina, considerou a palestra das mais oportunas e ressaltou que, em meio à violência e criminalidade que existem em todo lugar, o cidadão tende cada vez a tornar-se mais recluso, preferindo ficar em casa a correr o risco de expor-se à ação de assaltantes que podem atacar nos momentos mais inesperados. Servidores narraram experiências em que foram vítimas de assalto e também apresentaram sugestões sobre certas cautelas que passaram a adotar para reduzir a possibilidade de que venham a ser atacados por bandidos.

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Na foto do alto, o palestrante Flávio Bosco Di Mambro e o diretor do Foro, juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes

Na foto foto acima, servidores durante a palestra realizada no auditório da Seção Judiciária do Pará


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