Dois homens armados assaltaram no início da tarde desta quarta-feira, 4, o posto da Caixa Econômica Federal (CEF) que funciona numa das dependências do prédio da Subseção Judiciária de Marabá. Os assaltantes levaram R$ 12 mil em dinheiro, além da arma de um vigilante e R$ 40 e documentos de um cliente que se encontrava na agência, no momento do roubo. O posto bancário situa-se ao lado do setor de protocolo, distante cerca de apenas três metros da Secretaria da Vara e aproximadamente a dez metros do gabinete do juiz.
A ocorrência, segundo o diretor da Subseção de Marabá, juiz federal Carlos Henrique Borlido Haddad, demonstra a necessidade de reforço na segurança no prédio da Justiça Federal, para que os servidores e o próprio magistrado possam trabalhar com segurança e tranqüilidade na apreciação de milhares de processos que tramitam unidade, onde também funciona um Juizado Especial Federal Adjunto, que julga pequenas causas.
“Para se ter a mínima tranqüilidade para examinar os mais de 5 mil processos que efetivamente tramitam na Subseção de Marabá, servidores e magistrado necessitam contar com elementares e indispensáveis medidas de segurança, que consistem na elevação do muro, instalação de câmeras, contratação de postos de vigilância para o Juizado e para o acesso frontal do prédio da Subseção, no período diurno, visto que somente o acesso lateral encontra-se guarnecido. A 1ª Região envolve muitas peculiaridades e é preciso que as questões sejam tratadas considerando-se essas especificidades. Marabá não é seguramente local tranqüilo e pacífico, e medidas de segurança mais efetivas devem ser disponibilizadas”, informou o juiz federal Carlos Henrique.
Os dois homens invadiram o posto bancário por volta das 13h10 e renderam três pessoas: o cliente da Caixa Edivaldo de Assunção Moura, que foi obrigado a deitar-se no chão, o gerente do banco, Carlos Santos Alencar, e o vigilante de prenome Adilson.
O juiz federal Carlos Henrique informou que o local do crime foi preservado e imediatamente acionada a Polícia Federal de Marabá. Em 20 minutos, chegou à Subseção Judiciária uma viatura da PF conduzida por dois agentes, que fizeram as verificações de rotina e conduziram ao Departamento de Polícia Federal as pessoas presentes para depoimento.
A Polícia Federal está à frente das investigações, mas sua estrutura em Marabá é precaríssima, conforme informações do jornal “Correio do Tocantins”, que divulgou matéria sobre o assalto. Não há delegados titularizados. Por ora, um único delegado federal, Dácio de Souza, está respondendo provisoriamente, durante 15 dias. Além disso, são também precários o efetivo, as instalações e os equipamentos, o que se soma ao número expressivo de procedimentos de responsabilidade da Polícia Federal que se encontram cadastrados na Vara Única da Subseção de Marabá: 618 inquéritos e 124 notícias crime.