Uma quadrilha integrada por um colombiano, um holandês e três brasileiros – dos quais dois nascidos no Estado do Pará – foi condenada a mais de 70 anos pelo crime de tráfico internacional de drogas. Todos estão presos preventivamente desde meados do ano de 2009 e continuarão na cadeia, uma vez que o juiz federal da 3ª Vara, Rubens Rollo D’Oliveira, que assinou a sentença, negou-lhes o direito de recorrer em liberdade.
O colombiano Luis Guillermo Escobar Duran é descrito na sentença como “um dos chefes da quadrilha que atua com logística apurada na extensa fronteira Colômbia/Brasil. Punido com 25 anos e quatro meses de reclusão, o réu é apontado como o responsável por contratar fornecedores colombianos de drogas, recrutar mulas (pessoas que transportam o produto entorpecente) e organizar os carregamentos a serem distribuídos em Belém e remetidos a vários países da Europa
Além dele, foram condenados o brasileiro Izidorio Costa Izídio de Oliveira Filho, com 29 anos e quatro meses; o holandês Pedro Celestino Rodrigues Silva (que também se identifica como “Fernando Varella”), com 13 anos e quatro meses; o paraense de Soure Renato Souza Pereira, com oito anos; e Lecy Glei Duarte Soares, também paraense nascido em Abaetetuba, sentenciado a cumprir pena de 13 anos e quatro meses de prisão. Renato e Lecy também foram condenados num outro processo, às penas respectivas de oito e 13 anos e quatro meses de reclusão, igualmente pelo crime de tráfico internacional de drogas.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), durante os meses de junho a setembro de 2009, a Polícia Federal descobriu que os réus haviam se associado para trazer drogas do exterior até o Brasil. Em 24 de setembro de 2009, foram presos os acusados Luis Guillermo, Izidorio Costa, Renato Pereira e Lecy Soares. Um pouco antes, no dia 12, a PF prendera em flagrante o holandês Pedro Celestino em Fortaleza (CE).
A PF detectou que, na quadrilha, Luis Guillermo e Izidorio seriam os responsáveis pela compra e internalização do entorpecente proveniente da Colômbia, para posterior distribuição no Estado do Pará e do Ceará; Lecy Glei e Renato Pereira estariam incumbidos de dar o apoio logístico e transportar a droga até seu destino final; e Pedro Celestino, valendo-se de sua nacionalidade holandesa, teria o encargo do transporte do entorpecente internalizado pelo grupo criminoso para o continente europeu.