Padre Silva e Frei Juraci Estevam, os celebrantes da missa (foto: Clauber Brandão de Sá) Magistrados e servidores da Seção Judiciária do Pará receberam com uma chuva de papel picado e de pétalas de rosas, na tarde desta quinta-feira, 4, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Pela primeira vez, nos 40 anos de funcionamento da Justiça Federal no Pará, a imagem visita a Seccional em preparação para o Círio de Nazaré, que se realiza sempre no segundo domingo de outubro.
Na chegada da imagem peregrina ao estacionamento da Seção Judiciária, a banda da Polícia Militar do Pará (PMPA) executou o toque oficial com que são recebidos governadores de Estado. Depois, enquanto a banda tocava “Virgem de Nazaré”, uma comissão formada por três servidores da Justiça Federal - o diretor da Secretaria Administrativa (Secad), José Luiz Miranda Rodrigues, e os servidores Ruth Pereira de Oliveira e Augusto Cézar Repolho - conduziu a imagem e entregou-a ao diretor do Foro, juiz federal Daniel Santos Rocha Sobral.
O tenor Francisco Campos, acompanhado da pianista Adriana Silva, cantou “Ave Maria do Brasil” - a mesma música que Fafá de Belém cantou na última visita que o falecido papa João Paulo II fez ao Brasil - assim que a imagem de Nossa Senhora de Nazaré chegou ao hall que dá acesso ao auditório. Coube ao desembargador federal Daniel Paes Ribeiro - que veio a Belém especialmente na condição de representante do Tribunal Regional Federal da 1ª Região - entrar com a imagem no auditório da Seccional, onde foi celebrada uma missa.
Do ato religioso, que teve como celebrantes frei franciscanos Juraci Estevam, pároco da igreja de Santo Antonio de Lisboa, no bairro de Batista Campos, e o padre Silva, pároco da Basília Santuário de Nazaré, também participou um coral de jovens do Projeto Cururu, sob a regência do maestro Jonas Arraes.
Durante a homilia, frei Juraci elogiou a decisão judicial que garantiu a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em prédios públicos. A menção do sacerdote foi feita em decorrência de representação formulada por Roberto Almeida, perante o TRF da 1ª Região, pedindo que fosse cancelada a programação religiosa na Justiça Federal, sob a alegação de que a condição de laico do Estado brasileiro não daria amparo à realização de eventos dessa natureza.
A representação foi julgada improcedente, anteontem, pelo corregedor-geral do TRF-1ª Região, desembargador Jirair Meguerian. Frei Juraci também se referiu ao sentido cultural de confraternização do Círio e lembrou que a veneração a Nossa Senhora é um meio de aproximar os fiéis de Jesus e de fortalecer a fé cristã.
Depois da Missa, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré ainda permaneceu por cerca de 20 minutos no auditório, para que servidores e magistrados tirassem fotos e fizessem suas orações. Os servidores Ruth Pereira de Oliveira e Augusto Cezar Repolho conduziram a imagem à saída do edifício. Antes, a servidora Maria Helena Demétrio Gaia cantou “Ave-Maria”, de Gounold, para marcar o encerramento da programação religiosa.
A Seção de Comunicação Social informou que vai produzir um CD-Rom com fotos e arquivos de vídeo sobre a visitação da Virgem de Nazaré às instalações da Seccional. O CD será distribuído a todas as varas e núcleos, para que servidores e magistrados possam guardá-lo como lembrança.
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