O leilão de parte do estádio “Leônidas Castro”, a Curuzu, pertencente ao Paysandu Sport Clube, e da sede náutica do Clube do Remo será repetido no próximo dia 23 de agosto. Durante o pregão realizado na manhã desta quarta-feira, 9, no sexto andar do edifício-sede da Seção Judiciária do Pará, ninguém arrematou a fração do terreno do estádio, oferecida a partir de um lance mínimo de R$ 100 mil, e não houve interessados na propriedade do Remo, que poderá ser arrematada a partir de R$ 45 mil.
Um participante do leilão ainda chegou a dar o primeiro lance para ficar com parte da Curuzu. Assim que fez isso e depois de começar a ser abordado por jornalistas presentes, o interessado acabou se ausentando do prédio sem se identificar e sem confirmar o lance. Ele forneceu apenas o número de sua identidade, mas deixou pendentes outros dados necessários para a confirmação do arremate. Com isso, foi frustrada a primeira tentativa de leiloar o bem.
Conforme já constava do edital de praça publicado pela Justiça Federal, a nova data do leilão é 23 de agosto, às 10h, no 6º andar do edifício-sede da Seção Judiciária do Pará, situado na rua Domingos Marreiros nº 598, entre a avenida Generalíssimo Deodoro e a travessa 14 de Março, no bairro do Umarizal.
O leilão foi marcado pelo juiz federal em exercício da 7ª Vara, Ruy Dias de Souza Filho, para que sejam saldados débitos do Paysandu em dois processos de execução fiscal. Um deles é movido pela Caixa Econômica Federal, decorrente de dívidas do clube referentes ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O outro processo tem como parte interessada o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e se refere a contribuições previdenciárias não recolhidas pelo clube bicolor. A sede náutica do Remo, no bairro da Cidade Velha, está sendo levada à hasta pública para saldar débitos também junto à Caixa Econômica Federal, relativos ao FGTS.
O imóvel a ser leiloado é descrito no edital de praça como “fração ideal do terreno, parte de onde se encontra localizado o campo de futebol denominado ‘Leônidas Castro’, situado na travessa do Chaco, próximo à avenida Almirante Barroso, medindo 22 metros de frente por 22 metros de fundos, registrado no Cartório de Registro de Imóveis do 1° Ofício, Livro 3-1 f Is. 373, sob o número 569, avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais).”
A sede náutica do Remo é descrita como “terreno de marinha edificado com um prédio assobradado, sem número, no Beco da Sé, localizado nos fundos do prédio que tem frente para a rua Siqueira Mendes nº 2, nesta Capital, medindo 9,40 m pelo lado oriental, 9,70 m pelo lado ocidental, 23,98 m pelo lado setentrional e 23,49 m pelo lado meridional, confinando à esquerda com a baía do Guajará, à direita com o imóvel nº 2 da rua Siqueira Mendes. O terreno acima descrito compreende a parte dos fundos do imóvel, que é construído de dois terrenos, os quais foram unificados passando as constituir um só todo, sendo que a penhora foi efetuada em apenas um dos terrenos, correspondendo a presente reavaliação a parte penhorada, reavaliada levando em consideração o estado de deterioração em que se encontra em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).”