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03/04/2024 12:42 - INSTITUCIONAL

Solenidade no CJF abre as comemorações dos 35 anos dos Tribunais Regionais Federais

Solenidade no CJF abre as comemorações dos 35 anos dos Tribunais Regionais Federais

Representantes da Justiça Federal de todo o país estiveram presentes na solenidade que abriu na manhã desta quarta-feira (03), no auditório do Conselho da Justiça Federal, em Brasília (DF), as comemorações alusivas aos 35 anos de instalação dos Tribunais Regionais Federais (TRFs) no Brasil. O evento foi realizado pelo próprio CJF e pelos seis TRFs.

Presentes a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça e do CJF; ministro Og Fernandes, vice-presidente do STJ e do CJF, e presidentes dos seis TRFs. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que tem a maior jurisdição territorial do país, abrangendo o Pará e mais 11 estados, além do Distrito Federal, foi representando por seu presidente, desembargador federal José Amilcar Machado.

Compareceram ainda o desembargador federal aposentado Vladimir Passos, coordenador da comissão organizadora dos atos comemorativos; o conselheiro federal Felipe Sarmento, representante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e o subprocurador-geral da República Eduardo Lorenzoni, representante da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Visão de futuro - O desembargador Vladimir Passos ressaltou sua visão sobre o futuro da Justiça Federal e os passos necessários para a continuidade de uma prestação jurisdicional exitosa. “Temos que ser eternos informados e insatisfeitos”, afirmou o magistrado, relacionando uma série de melhorias que acredita fundamentais a um próspero funcionamento da justiça brasileira.

O uso ampliado e corajoso da Inteligência Artificial foi a principal bandeira levantada pelo desembargador federal. “Uso integral e mais [frequente da] Inteligência Artificial”, enfatizou. “Não o uso temeroso – não se pode resistir ao futuro. [A Inteligência Artificial] veio para ficar e nós devemos tirar o melhor possível do que veio”.

Vladimir Passos ponderou que existem problemas a serem superados relacionados à transformação digital, principalmente ao manejo da tecnologia e ao acesso ainda precário às pessoas em condições vulneráveis. “É preciso mudar os hábitos”, enfatizou. Citou, ainda, a importância em dar novo foco aos concursos para servidores da Justiça, incorporando a necessidade de conhecimentos tecnológicos e capacitações que acompanhem as mudanças profissionais.

“Cotidiano democrático” - O trabalho essencial desempenhado pelas Cortes Regionais Federais para a manutenção de um “cotidiano democrático” foi o principal tema abordado no discurso do representante do Conselho Federal da OAB, Felipe Sarmento. Ele destacou três marcos fundamentais a serem “reverenciados” nas comemorações dos 35 anos: a consolidação da Justiça Federal como o bastião da paz social a proteger os que têm direitos negados, ameaçados ou destituídos; os avanços da gestão judiciária e da tecnologia aplicada ao sistema de justiça; e o compromisso com a cidadania e o acesso à justiça do corpo funcional da Justiça Federal.

“Com autonomia, altivez e real entendimento quanto à envergadura e à responsabilidade do ofício judicante, a Justiça Federal se consolidou como ferramenta efetiva de concretização de direitos fundamentais”, afirmou Felipe Sarmento. “Dia após dia, o judiciário federal tem chamado para si a incumbência de vencer as adversidades e promover a eficiência e a integração. A advocacia reconhece o empenho de servidores e magistrados na construção de soluções concretas e criativas, que situam a justiça federal como uma referência para os cidadãos de estabilidade e segurança institucional”, complementou.

“Magistrados, servidores, policiais, advogados, membros do Ministério Público... Devemos, todos, manter o diálogo e a colaboração recíproca.   Nossas competências são complementares e, por isso, a construção de uma cultura jurídica digna impõe a parceria entre Judiciário e advocacia. Estou seguro de que todos nós estamos do mesmo lado”, concluiu. 

Último a se pronunciar na solenidade, o representante da PGR, Eduardo Lorenzoni, afirmou que “a vontade do legislador constituinte de 1988 está sendo atendida da melhor forma possível no que diz respeito à Justiça Federal e aos Tribunais Regionais Federais”.

“Aproximação do jurisdicionado” - “A partir da instalação simultânea dos cincos Tribunais Regionais Federais em 30 de março de 1989, com sedes em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife e, mais recentemente, [o sexto] em Belo Horizonte, vem-se atendendo ao propósito de permanente descentralização e de aproximação do jurisdicionado”, afirmou.

A criação das turmas descentralizadas, as varas especializadas em matéria agrária e outras iniciativas para aproximar a Justiça do jurisdicionado foram exaltadas pelo subprocurador-geral da República Eduardo Lorenzoni, que não deixou de registrar ainda a capacidade de adaptação do Judiciário a todas as transformações dos últimos anos, incluindo o duro período e mais recente período de pandemia.

“A tudo isso a Justiça Federal e, em especial, os Tribunais Regionais Federais, precisaram se adaptar e encontrar fórmulas para continuar prestando com excelência o serviço público que lhes é atribuído, sendo de referir os avanços que trouxeram para o combate a crimes como corrupção, contrabando, tráfico de drogas, dentre outros, assim como para a defesa do meio ambiente dos direitos humano”, finalizou Eduardo Lorenzoni.

Com informações da Ascom TRF1.

Foto: Ascom TRF1



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