A Casa Rosada, prédio anexo à Seção Judiciária do Pará que tem um valor histórico, por ter sido a primeira sede própria da Justiça Federal no Estado, ganhou nesta segunda-feira (09) uma iluminação cênica em sua fachada. Além disso, o prédio agora abriga a Sala da Memória, espaço que contém objetos, processos, publicações e equipamentos que remontam ao período em que a Justiça Federal funcionou no local, de 1974 até setembro de 1994, quando foi inaugurado o atual edifício-sede da SJPA.
O projeto de iluminação cênica do prédio utiliza diferentes tipos de iluminação, como projetos assimétricos de LED com temperaturas de cor que variam entre 2400K e 4000K, destacando a textura e os detalhes da arquitetura. Além disso, perfis flexíveis e pendentes existentes com lâmpadas de filamento foram incorporadas para manter o ambiente clássico. Essa composição evidencia a relevância histórica e estética do edifício, reforçando sua importância cultural e institucional.
A inauguração foi presidida pelo diretor do Foro da Seção Judiciária, juiz federal Domingos Daniel Moutinho da Conceição Filho, que descerrou a fita juntamente com a vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas. O evento contou as presenças de participantes da “I Jornada de Justiça Climática e Transformação Ecológica”, que se realiza em Belém, de 9 a 11 de dezembro, na sede da Justiça Federal.
Com a participação de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, juízes, advogados, professores e especialistas em várias áreas relacionadas a questões ecológicas, a Jornada discute soluções para a preservação ambiental e a promoção da justiça climática, propostas de enfrentamento das questões concernentes aos impactos das mudanças climáticas e temas que antecipam discussões que serão travadas durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém.
Importância histórica - “A Casa Rosada tem grande parte da nossa história. Ela foi a nossa primeira sede própria, e por aqui passaram histórias de processos, de servidores, de partes, de juízes. Então, nada mais justo que, nessa oportunidade festiva da jornada climática, contemplá-la com o embelezamento, com a implantação da iluminação cênica. Isso vai valorizar os seus contornos que remetem a belle époque paraense e também com a introdução da Sala de Memória, com objetos históricos da Justiça Federal no Pará que remontam a alguns desses acontecimentos que marcaram tanto a Justiça Federal no Pará”, explica o juiz federal Domingos Daniel Moutinho.
A bibliotecária Eliete Pereira, que selecionou o acervo que compõe a Sala da Memória, considera que o novo espaço, além de ser representativo do passado da Justiça Federal no Estado, também pode contribuir para conscientizar juízes e servidores sobre a importância de manter viva a história da instituição. “Cada objeto que está na sala, seja um telefone de mais 30 anos, seja uma máquina de datilografia manual, um processo, uma guilhotina para cortar papel ou fotografias de juízes e servidores antigos, tudo isso é de extrema relevância, porque representa um pedaço da história da instituição”, afirma Eliete.