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27/10/2022 08:00 - INSTITUCIONAL

Especialistas apresentam caminhos para autocuidado e prevenção em evento pelo Outubro Rosa na 1ª Região

INSTITUCIONAL: Especialistas apresentam caminhos para autocuidado e prevenção em evento pelo Outubro Rosa na 1ª Região

Você já parou para pensar como anda o seu autocuidado, especialmente após a pandemia? Sabe quais exames preventivos são importantes para a sua saúde e quando deve realizá-los? Conhece os fatores de riscos para um tipo de câncer que atinge principalmente mulheres, mas também pode acometer os homens?

Essas e outras reflexões fizeram parte do “Abrace o Outubro Rosa e declare seu amor por você”, evento on-line promovido pela Comissão TRF1 Mulheres, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para toda a Justiça Federal da 1ª Região (JF1) nessa quarta-feira, dia 26 de outubro, e que contou com a participação da coordenadora da Comissão, desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas.

Para possibilitar ampliação e aprofundamento dos conhecimentos sobre a saúde feminina, visando aumento da qualidade de vida, o TRF1 convidou médicos especialistas em mastologia e ginecologia para tratar, principalmente, sobre câncer de mama e cânceres ginecológicos, guiados pelo tema “Abrace o Outubro Rosa e declare seu amor por você”.

Na abertura do encontro, a desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas ressaltou que a escolha do tema considerou também a necessidade de um olhar mais apurado sobre o autocuidado e os exames preventivos que podem ter sido esquecidos durante a pandemia e citou um pequeno trecho poético que afirma: o melhor exemplo de autocuidado é o do girassol. “Todas as manhãs ele segue a luz solar e busca o seu sustento. Cuide-se, descubra qual é a fome do seu eu interior e alimente sua alma. Que nunca falte carinho e gentileza. E que seja perfumado o nosso jardim”, acrescentou, desejando um bom evento a todos.

A responsável pela condução das palestras foi a servidora do TRF1 Ana Alice Siqueira Santos Carvalho, diretora da Divisão de Assistência à Saúde (Diasa). Ela destacou o papel de um evento como esse, bem como do trabalho que o Tribunal já vem desempenhando com informativos periódicos que lembram com frequência temas que impactam na saúde dos colaboradores da 1ª Região.

Ao apresentar os especialistas convidados, Ana Alice Siqueira também ressaltou o valor de se ter um profissional no qual se possa confiar. “Nenhum de nós sabe tudo da área que atuamos, mas saber quem procurar, em quem se apoiar e buscar esse conhecimento sem pesquisas mirabolantes que estão na moda (fake news), é importantíssimo”, reforçou. Um encontro como esse, acrescentou ainda, “é fundamental para divulgar conhecimento com fontes seguras, reunindo, pelas possibilidades da tecnologia, tanta gente inteligente para tratar dos temas com sabedoria”.

Câncer de mama - Esclarecimentos sobre o câncer de mama foram prestados pela especialista convidada, a médica Flávia Vidal, cirurgiã-geral, mastologista, mestre em Ciências da Saúde e coordenadora médica geral do Pronto Socorro no Hospital de Brasília.

Flávia Vidal lembrou a todos que um mês como o Outubro Rosa é mais um momento para ter em mente que prevenir é melhor que remediar. E também um tempo para pensar os direitos das mulheres, especialmente de acesso a bons exames de rastreamento. Ela registrou que, com o passar do tempo, o foco do câncer de mama foi se ampliando para incluir outros tipos de câncer que afetam as mulheres.

Segundo a mastologista, o câncer de mama é o mais comum no Brasil depois do câncer de pele, e também o que mais causa morte por câncer em mulheres. Embora seja raro, também pode afetar indivíduos do sexo masculino. “A grande maioria dessas doenças tratamos com simplicidade se diagnosticadas logo no início”, recordou.

A médica também lembrou os fatores de risco para o câncer de mama, que podem ser divididos em: comportamentais/ambientais (obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de álcool, exposição frequente a radiações ionizantes); história reprodutiva/hormonais (primeira menstruação antes dos 12, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30, menopausa após os 55 anos, uso de contraceptivos orais por tempo prolongado, reposição hormonal por mais de cinco anos pós-menopausa); hereditário/genéticos (história familiar de câncer de ovário ou câncer de mama, alterações genéticas nos genes BRCA1 e BRCA2).

Mas a mastologista frisou: a presença de um mais desses fatores não significa que a mulher terá, necessariamente, a doença, já que o desenvolvimento do câncer é multifatorial. Para ela, a importante pergunta é saber se é possível reduzir o risco de câncer de mama, e a resposta é: sim, é possível. “Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco”, afirmou.

Quanto à amamentação, Flávia Vital destacou que também é considerada um fator protetor. “A amamentação é um fator protetor contra o câncer: as células da mama terminam seu desenvolvimento até o período da produção de leite. Quando isso não acontece, ela fica parada em um processo de divisão celular que aumenta as chances de desenvolver câncer. Não é que amamentar não vai me fazer ter câncer, mas me ajuda a ter um fator protetor”, explicou.

A especialista destacou também o papel da mamografia de rotina, único exame que mostrou redução significa da mortalidade em mulheres. “É um exame simples, que tem radiação e não tem que ser feito a todo tempo, tem indicações de período de repetição”, contou a especialista. “O Ministério da Saúde recomenda a partir dos 50 aos 59 anos, e a Sociedade Brasileira de Mastologia a partir a partir dos 40, anualmente”, acrescentou.

Por fim, Flávia Vital apresentou a todos um projeto pessoal chamado Ummas mulheres, uma página no Instagram para compartilhar informação sobre câncer, tratamento e apoio à mulher em tratamento, entre outros assuntos.

Cânceres ginecológicos - Marcus Vinicius Barbosa, ginecologista, especialista em Uroginecologia e mestre em Ciências da Saúde, foi o outro convidado do encontro que abordou os tipos de câncer ginecológicos que podem atingir a mulher. “O Outubro Rosa veio para agregar o cuidado com a mulher de forma mais integral”, explicitou o ginecologista. “Hoje a gente pensa mama como órgão importante, mas também o são o trato genital feminino, que é composto pela vagina, pelo colo do útero, endométrio e também ovário”, lembrou.

O exame preventivo, também conhecido como Papanicolau, é um grande enfoque a se ter do ponto de vista da mulher. “Ele deve ser realizado por todas as mulheres de um modo geral anualmente, com algumas diferenças em relação a alguns protocolos”, explicou. “Esse exame que tem grande capacidade de detecção de lesões precursoras de câncer e é extremamente importante para prevenir a doença”, contou.

O câncer de colo de útero, salientou o especialista, é terceiro maior entre mulheres (sem considerar o câncer de pele) e existe uma grande relação entre o câncer de colo de útero e o HPV, uma doença sexualmente transmissível. Para o HPV, já existe a imunização, que pelo sistema público de saúde é disponibilizado para adolescentes de 9 a 14 anos (meninas), e meninos de 11 a 14 anos.

No sistema privado, a imunização para o HPV pode ser realizada em qualquer idade. O médico apenas explicou que, se uma vez a pessoa já tiver tido contato com algum dos subtipos do HPV, que são inúmeros, há estudos que indicam que a eficácia da imunização pela vacina pode ser menor.

O profissional afirmou ainda que existe correlação entre algumas mutações genéticas e o câncer de ovário, e citou o caso emblemático da famosa Angelina Jolie. “Não tem rastreio para câncer de ovário, não tem método que permite fazer o preventivo como o câncer de colo de útero, embora alguns exames auxiliem, como o ultrassom transvaginal que pode detectar cisto ovariano. Porém não é método de rastreio”, explicou o médico, que também abordou temas como menopausa e reposição hormonal em sua palestra.

Ao encerrar o evento, a coordenadora do TRF1 Mulheres, desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas, agradeceu aos especialistas pelas orientações e esclarecimentos para melhor condução da nossa vida preventiva do dia a dia. E deixou um recado para todas: que possam ser as mulheres que são e anseiam ser, e não aquelas que o mundo espera. Só assim se pode descobrir sua própria força e poder interior.

Dúvidas sobre as palestras podem ser encaminhadas para o e-mail da Comissão TRF1 Mulheres (trf1mulheres@trf1.jus.br), que serão respondidas oportunamente.

A palestra foi transmitida em tempo real e já está disponível para acesso no canal do TRF1 no Youtube.

AL/CB

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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