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11/05/2022 17:04 - INSTITUCIONAL

Vacinação ganha destaque no VI EENFJUD-MP no TRF1

INSTITUCIONAL: Vacinação ganha destaque no VI EENFJUD-MP no TRF1

Na manhã do segundo dia de programação do 6º Encontro de Enfermagem do Judiciário e Ministério Público (VI EENFJUD-MP), organizado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que ocorre em ambiente virtual, entre os temas debatidos, a vacinação ganhou destaque com o minicurso "Atualização em vacinação do adulto, olhar especial para vacina contra a Covid-19 - Tipos de vacina, indicações, contraindicações, transporte, armazenamento, periodicidade de aplicação". A servidora do Tribunal Regional Trabalho da 10ª Região (TRT10), enfermeira Iris Colonna Santos Silva, foi a mediadora dos trabalhos.

A primeira palestrante da manhã foi a enfermeira da Rede de Imunização da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Fernanda Ledes Brito, que fez um histórico sobre os processos de imunização desde o Século XVII, quando chineses assopravam substâncias na narina para combater a varíola, até os tempos atuais com aperfeiçoamento de técnicas com as vacinas orais e injetáveis. No Brasil, o marco foi 1973 com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), formulado com os objetivos de coordenar, garantir a continuidade e ampliar a abrangência das ações de vacinação.

Fernanda detalhou as formas de imunização que se classificam em ativa e passiva. A imunidade ativa refere-se ao processo de exposição do corpo ao antígeno, por meio da vacina, para gerar uma resposta que leva dias ou semanas para se desenvolver, mas pode ser de longa duração e até por toda a vida. As vacinas se apresentam em vários tipos: engenharia genética, de vetores virais, de RNAs mensageiros entre outros. Na imunidade passiva ocorre o processo de fornecer anticorpos IgG para proteção contra infecções de forma imediata, mas de curta duração de 3 a 4 meses no máximo. Ocorre de forma placentária ou pelo organismo após a pessoa contrair uma doença.

Segundo Fernanda, as vacinas possuem algumas composições importantes para sua efetividade. Os conservantes e antibióticos estão presentes em pequenas quantidades necessárias para evitar o crescimento de contaminantes como fungos e bactérias. Os estabilizantes, substâncias que auxiliam a proteger as vacinas de condições adversas como congelamento, calor, alterações do PH e para obtenção de isotonicidade. E os líquidos de suspensão, que são constituídos geralmente por água destilada ou solução salina fisiológica.

A especialista também falou das vacinas contra a Covid-19, causada pelo vírus Sars-CoV-2, responsável pela maior pandemia de saúde do mundo moderno. A explicação foi um detalhamento dos tipos mais usados na vacinação no Brasil. Conforme apresentou a enfermeira, os imunizantes Oxford/AstraZeneca e Janssen foram formulados com vetor viral, onde se utilizam vírus inofensivos para transportar parte do material genético do vírus da Covid-19. Já a vacina da Pfizer/BioNTech contém uma parte do material genético do vírus. Durante a palestra Fernanda ressaltou que, embora a vacina contra a Covid-19 não seja capaz de impedir a contração do vírus, foi essencial para o enfraquecimento do contágio e evolução de casos mais graves da doença. Também destacou o trabalho do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz que têm trabalho em pesquisas e desenvolvimentos de vacinas para combater a pandemia e outras doenças. “De fato, quando falamos de vacina, já evoluímos muito, mas sabemos que ainda temos muito que estudar e a desenvolver. Esperamos de fato chegar um momento de paz quanto à pandemia e estamos no caminho”, finalizou a enfermeira.

Conservação - Em seguida, a enfermeira da Rede de Frio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Karine Araújo Castro, falou dos processos de conservação dos imunobiológicos, que são as vacinas. Karine explicou que os imunizantes têm graus ideais para conservação variados, mas a média é em torno de 2 a 8 graus positivos. Esses imunobiológicos são recebidos e armazenados em uma central e distribuídos para as centrais de estados e municípios que têm Redes de Frio, setores responsáveis por assegurar que todos os imunobiológicos oferecidos à população mantenham suas características iniciais de qualidade a fim de conferir imunidade efetiva. A Rede de Frio trabalha com câmaras frias, freezer e caixas térmicas, além de vários tipos de termômetros para verificação da temperatura adequada. “A Rede de frio é um sistema amplo que inclui uma estrutura técnico-administrativa orientada pelo PNI”, explicou.

De acordo com a enfermeira, as câmaras frias armazenam de forma adequada as vacinas e junto com as caixas térmicas passam por controle de temperatura ao longo do dia para garantir a conservação dos imunobiológicos. As vacinas são produtos termolábeis, o que significa que podem sofrer inativação dos componentes imunogênicos quando expostos a temperaturas irregulares. Quando isso ocorre fica caracterizado o desvio de qualidade. “O desvio de qualidade ocorre em casos em que há falha no plano que resulte em exposição dos imunobiológicos à alteração de temperatura. Então é orientado registro em formulário padronizado desde a data de recebimento do imunobiológico no serviço até a data de ocorrência do desvio de qualidade. Todos os imunobiológicos que sofrem alteração de temperatura, independentemente da causa, deverão ser armazenados em temperatura ideal novamente, enquanto aguardam análise da Rede de Frio que deverá orientar sobre a liberação ou descarte do produto”, salientou.

Para evitar esse tipo de problema é importante adotar cuidados com a caixa térmica, que é utilizada durante a vacinação. Ações como manter esses objetos fora do alcance de luz solar direta e distante de fonte de calor, lavar e secar cuidadosamente mantendo as caixas abertas até que sejam completamente secas, guardar em lugar ventilado, verificar se existem avarias como rachaduras ou furos e conferir a temperatura que não pode passar de 7 graus positivos são alguns desses cuidados.

A especialista também ressaltou sobre a necessidade de planejamento especial para atividades extramuros, que são realizadas fora do ambiente normal de vacinação. “Para vacinação em estacionamentos de locais públicos e estilo “drive thru”, por exemplo, é indispensável caracterizar a população para definir a quantidade de vacinas a serem transportadas, o número de caixas térmicas e de bobinas de gelo reutilizáveis, que serão responsáveis por manter a temperatura certa nas caixas. É preciso utilizar pelo menos três caixas: uma para estocar vacinas, uma para as bobinas de gelo e outras para as vacinas em uso”, enfatizou.

Em respostas a dúvidas dos participantes, a enfermeira Karine destacou que “é importante a capacitação constante dos servidores para atualizar procedimentos que tornem o trabalho mais seguro”.

Participam do evento cerca de 180 profissionais de saúde do Judiciário, além de estudantes.

APS

Assessoria de Comunicação Social

Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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