A analista de inteligência emocional do Instituto Menthes e ex-servidora pública, Sandra Venuto, destacou em palestra do Dia do Servidor, promovida pelo TRF1 nesta quinta-feira, dia 28 de outubro, ações para não ser refém das próprias emoções, comportamentos das pessoas que sofrem com isso, as consequências deste ato e os caminhos para sair desse círculo vicioso.

A palestra “Como não ser refém das emoções” foi transmitida ao vivo no canal do TRF1 no YouTube e teve como público alvo todo o corpo funcional da Justiça Federal da 1ª Região.

Sandra Venuto é formada pelo Instituto Menthes do doutor Augusto Cury e foi treinada pelo coach Tony Robbins. Ela atua há seis anos na área de gestão das emoções com foco em relacionamentos.

A abertura foi feita pelo presidente do Tribunal, desembargador federal I'talo Fioravanti Sabo Mendes, que falou do seu respeito, admiração e apreço pelos servidores públicos da 1ª Região, pelo trabalho que é feito diuturnamente em prol dos jurisdicionados e do cidadão brasileiro.

“Vivemos em uma nova era. Uma era em que, graças a Deus, estamos superando a pandemia. Essa nova era, tenho certeza, haverá de reforçar ainda mais a importância do servidor público no contexto brasileiro. Portanto, gostaria de expressar todo o meu reconhecimento, por esse trabalho que muitas vezes não é reconhecido”, ressaltou.

Em seguida, a coach afirmou que se relacionar é inevitável e nos relacionamos todos os dias, seja amorosamente, com os amigos, ou em casa. Por isso, precisamos conhecer e saber lidar com as emoções. “Daí a necessidade da gente desenvolver habilidades para fazer com queijo e os relacionamentos sejam cada vez mais saudáveis”, disse.

Segundo ela, com a pandemia da Covid-19, todos os relacionamentos foram afetados e os dados são alarmantes. “Trago alguns dados de um cenário emocional que existe desde antes dessa pandemia e que estamos vivendo hoje. Segundo a Organização Mundial de Saúde, quase 19 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade desde 2017. Na pandemia isso piorou ainda mais, mas existe tratamento e ferramentas para superar. O número de divórcios também aumentou 160%, de acordo com o IBGE. Um a cada três casamentos terminam em divórcio”, informou.

O motivo desse aumento nas separações seriam as brigas e discussões diárias. Ou seja, uma questão emocional. “Quanto mais próximo é um relacionamento, mais atrito ele causa. A depressão e o estresse também atingem 12 milhões de brasileiros. O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em nível de estresse e ele também desencadeia doenças”, relatou.

Definição - A especialista explicou o que é ser refém emocional; isso significa que você deixa as suas emoções ficarem no controle e vive instável. “As emoções existem para que a gente possa experimentá-las. Elas são sinais de ação, de que algo que não está bom e que precisa mudar, mas se elas nos dominam fazem com que a gente tenha comportamentos que a gente não queria ter”, observou.

Ela citou alguns sinais comportamentais de quem é refém emocional, como muita oscilação do humor durante o dia, qualquer coisa ela fica mal-humorada, revidar sempre a pessoa quando ela fala algo que não concorda, entre outras ações.

Para a analista, ser capaz de proteger nossas emoções e ficar no comando de nossa vida não é sinônimo de ausência de problemas ou de sentimentos como tristeza ou raiva, mas significa continuar no controle mesmo quando tudo parece mais difícil. Não podemos ser regidos por nossas emoções tóxicas, nem dos outros”, considerou.

Método - Sandra Venuto também apresentou na palestra o método A.M.I.G.A. A letra A significa Autoconhecimento, M é Mente Blindada, I é Inteligência Emocional, G é Gestão Emocional, e A é AutoRresponsabilidade Inteligente.

No caso do Autoconhecimento, é preciso conhecer e entender sua autoimagem, sua autoestima, seus pontos fortes e seus limites, os seus valores, a importância de ter sonhos, a criança ferida, além da qualidade do seu diálogo com você mesma.
Com a Mente Blindada, disse ela, você controla seus pensamentos, pois tudo começa com eles, são eles que determinam suas atitudes. “Nossos pensamentos determinam nossas ações, assim é importante ter pensamento positivo. Emoções negativas formam atitudes negativas”.

Para ter Inteligência Emocional, destacou, é preciso conhecer as próprias emoções e como elas nos influenciam. Já quanto à Gestão Emocional, é preciso saber como fazer quando estiver em um foco de tensão, como proteger a emoção e ficar no controle da situação. “Os conflitos são inevitáveis, mas brigar é opcional. Se você está com sentimentos negativos, saia dessa situação e converse depois com a pessoa. A raiva passa e você consegue enxergar aquela situação de outra maneira. Ficar em silêncio muitas vezes é uma forma de se proteger e não deixar um sentimento negativo te dominar. É o silêncio proativo”, comentou.

Por fim, Sandra Venuto considerou que Autorresponsabilidade Inteligente é traçar novos comportamentos e atitudes para começar sua mudança e crescimento. Você vai descobrir que assumir responsabilidades é a melhor maneira de ser capaz de construir a vida que você tanto sonha.

PG

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região